O André estava me esperando no nosso balanço! Eu fiquei
tão feliz ao ver ele que nem sei explicar. Não sabia se o abraçava, ou apena
ficava ali parada. Então sentei no balanço ao lado dele, que me estendeu a mão
e eu segurei. Parecíamos duas crianças que decidiram ser namoradinhos.
Escutamos o toque de entrada da escola que ficava a uma rua dalí.
Na aula, na hora do teste vi o André parado a porta com
um avião de papel, consegui pegar sem que a professora notasse e quando abri,
havia nele um gigante coração ! Que...fofo! Eu realmente estou apaixonada. Como
posso ter me apaixonado assim do nada? Tudo bem que rolava uns climas antes,
mas nada que pudesse despertar uma paixão. Ou poderia?
Depois da aula eu sentei na grama do lado de fora da
escola e esperei pelo André que só saia no horário seguinte.
Demorou um pouco até eu perceber que a aula dele já deveria
ter acabado a um tempo e então entrei para ver porque ele não havia saído.
Antes de chegar ao portão de entrada, uma garota que
vinha correndo esbarrou em mim e quando viu quem eu era me disse: “Voce precisa ver isso!”
Juro que não acreditei na cena que vi em seguida.
O André e o Gu estavam atracados no chão os dois com
sangue escorrendo do nariz ou boca ,não sei dizer, suados e não paravam de se
socar. Quando fui chegando a rodinha de gente foi se abrindo e me encarando.
-MAS O QUE É QUE VOCES DOIS ESTAO FAZENDO??
Eles se assustaram com meu grito e se soltaram me
encarando e ficando em pé em seguida. Corri até o André segurando ele pelo
braço e olhando seus ferimentos.
-O que houve? Está muito machucado!
Ele desvencilhou o braço e fechou a cara.
-Isso tudo é culpa sua!
Saiu esbarrando em mim e em quem mais estivesse em seu
caminho e me deixou com cara de idiota sem saber o que havia acontecido. Dei alguns
passos até o Gu:
-Vai me contar o que está acontecendo?
Ele apanhou a mochila do chão e saiu.
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