Luana estava para em
frente a porta de número 602 pensando no que deveria falar, que cara fazer e
como fingiria aquilo om perfeição.
Respirou fundo e
bateu na porta. Precisou bater algumas vezes até finalmente um velho com cara
de quem estava cansado abrir a porta emburrado.
-Que é?
-Senhor, pode me
ajudar? – Luana falou com a voz de choro que já havia ensaiado – Alguém estava
correndo atrás de mim, eu cai e me machuquei – Luana mostrou o sangue falso na
testa. – Me deixe entrar, por favor, senhor!
-Não vejo ninguém
aqui menina, vá pra sua casa.
Droga! - ia ter que
improvisar.
-Mas senhor, eu estou
perdida – Luana olhava em volta como se alguém pudesse aparecer a qualquer
instante.
-Não é da minha
conta! – e fechou a porta
Luana voltou a bater
na porta se lembrando de um episódio que assistira de AHS.
– Por favor, abra,
ele virá atrás de mim.
O velho abriu a porta
e a puxou pelo braço para dentro da casa, fechando a porta logo em seguida.
- Vê se limpa isso e
sai logo daqui. Tem band-aid em cima da geladeira.
E sentou em um sofá
de frente uma televisão. O que ela faria agora? Precisava do cabelo dele para a
poção. E precisava colocar o comprimido que recebera no copo do velho. Mas ele
era tão ranzinza que ela não sabia como fazer isso.
-Meu nome é Luana.
Qual o nome do senhor?
O velho olhou como
quem reprovasse que a garota estivesse falando com ele.
-Julian.
-Legal! Nunca conheci
ninguém com esse nome.
Colocou um band-aid
na testa para que ele não visse que o sangramento não tinha origem.
-Bom, - falou
enquanto caminhava para a geladeira – o mínimo que posso fazer em agradecimento
é um belo suco para o senhor. Qual seu sabor favorito?
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