Estavam quatro pessoas paradas em frente ao carro me esperando.Me aproximei mantendo
a postura .
-Nancy , - Damian começou a falar - esses são Alessandro , Marco e Akantha.
Ele me apontou dois caras e uma menina que tinha seus 14
anos de idade. O tal de Alessandro me
parecia bem normal, eu poderia confundir com um humano qualquer. O Marco era
alto e forte como um segurança de boate e tinha uma cara de assassino. Mas a
mais assustadora era a menina chamada Akantha. Além de se vestir como uma
personagem de anime, e toda de preto, ela carregava uma foice gigante.
- Ola! – ela disse com voz fofa e segurou a minha mão.
-Olá – eu sorri meio assustada – Tem certeza que ela não saiu
e um filme de terror? -sussurrei para Damian do meu lado.
-Eu posso te ouvir , você sabe não é?
Senti meu rosto corar.
-Tudo bem! Eu na ligo. Posso sentar do seu lado?
-Claro! – eu quem não iria reusar
Estávamos na estrada há muito tempo. A menina não parava de
falar e o Alessandro, que dirigia o carro ria de todas as suas historias e
piadas. Não ouvi a voz do Marco nenhuma vez, muito menos um sorriso. Eu estava
sentada entre Akantha e Damian. Ele perguntou se eu estava com sono ou cansada.
E sinceramente eu estava muito cansada. Nunca gostei de longas viagens . Me
deixavam dolorida e me davam enjoo. Pelo menos enjoo não tive ate agora.
Devo ter dormido em algum momento. Acordei com uma respiração
gelada muito perto de mim.
-Ela está viva – Era a Akantha.
Eu estava deitada no colo de Damian e coberta pelo casaco
dele.
-Vocês formam um belo casal. – Akantha soltou a frase e
desceu do carro.
Percebi então que o carro não estava mais em movimento e os
rapazes também não estavam mais alí. Me levantei e vi Damian me encarando.
-Vamos? - sugeri
-Vamos! - respondeu
Estava amanhecendo já e precisávamos ir para algum lugar seguro. Só não esperava que ficaríamos em um simples hotel de beira de estrada.
-Não acha mais prudente deixar a sua foice no carro? Me arrisquei a dizer.
-Claro que não.
-É que não acho que vão permitir você entrar com isso.
Ela sorriu e me olhou como se eu fosse uma pessoa burra e inocente demais .
-Eu sei ser bem convincente - E ainda segurando a minha mão, começou a andar em direção ao hotel.
Quatro e meia da manhã.
E deveria ter imaginado. Akantha tinha o dom da persuasão. Entramos e fomos direto ao balcão de recepção. Conseguimos dois quartos no mesmo andar e pagamos adiantado. Damian falou sobre termos viajado a noite inteira e que não acordaríamos pro café nem almoço. A moça estranhou, mas obviamente não questionou.
O quarto era pequeno e cheirava a mofo. Nenhum deles parecia sentir o cheiro incômodo.
Damian me chamou antes que eu pudesse entrar no quarto e depois esperou que todos entrassem.
- Você está bem?
-Sim.
- Você pode gritar se precisar de mim.
- E sei, você virá correndo.
Ele sorriu e me beijou a testa.
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