Para a sua surpresa,
assim que passou pela porta, se encontrou no mesmo porão, e encarando as quatro
garotas encharcadas e inchadas.
-Que... O que vocês
fizeram?
Saiu novamente pela
porta e assim que eu a fechou se viu novamente no porão com as quatro garotas.
-Não adianta... Você
não vai a lugar nenhum se nós não quisermos. – falou uma delas
-Não á assuste
Talita, nós queremos ajuda, e não mais uma contra nós.
-Vamos aos poucos –
falou a garota que ainda não tinha se pronunciado – Eu sou Amélia, a líder ,
nasci em 1920. Essa é a Ana – apontou para a garota ao seu lado – ela é a nossa
querida amiga chorona, nascida também em 1920. A Marina você já conhece, ela é
nossa dramática e nasceu também em 1920. E por fim, Talita, a bruta, nasceu em
1920.
-Todas nós nos
conhecemos em 1935, em uma festa na casa de um conhecido e ficamos amigas
justamente por nascermos todas no mesmo mês do mesmo ano, setembro. Achamos
interessante e ficamos amigas. – Continuou Ana
- Pra que está
contando isso? Não tem importância, não é sobre isso que viemos falar – Marina
se intrometeu – acontece que no nosso aniversário, decidimos passar juntas e
queríamos numa casa de praia. Queríamos ficar sozinhas e fazer fogueira,
dançar, brincar, comer... Apenas nos divertir.
-Mas aconteceu algo
horrível conosco, e por falta de justiça, nós ficamos vagando durante esses
quase noventa anos, esperando ela ser feita. Nós aparecemos algumas vezes para
buscar uma pessoa que mereça nos ver e saber de tudo, para nos ajudar a fazer
justiça.
-Olha... Se eu por
acaso acreditasse em toda essa baboseira... Gostaria de saber o que houve com
vocês.
-Não finja que não
acredita Luana! – Gritou Marina – Nós precisamos de você e sua cabeça dura só
nos atrasa.
-Luana, o taxista nos
afogou. – Ana flou em prantos
-O que? Por quê? –
Ela já não podia mais esconder que acreditava em tudo aquilo.
-Nós nunca soubemos.
Apenas nos matou. Como um louco, que mata por prazer.