Estava de noite. Como
podia? Havia acordado há umas duas horas e era cedo da manhã. Era impossível
que agora já fosse noite. Achou que o melhor seria voltar para a casa, e
entrando na sala, notou que tudo aí também era diferente. Sofás, nenhuma caixa,
poltrona, lareira, um poodle deitado no chão que começou a latir quando viu
Luana, e gêmeas idênticas e loiras de uns oito anos, sentadas jogando algum
jogo de cartas.
-Mas que merda que
está acontecendo aqui? – Luana fechou os olhos com força, achando que tudo não
passava de um sonho, se beliscou e gritou quando sentiu uma dor real, e chorou
quando abriu os olhos e viu que continuava ali. – Que droga! O que está
acontecendo?
-E me perguntou o
mesmo!
Luana virou e viu a
tal Marina em pé na escada encarando-a.
-Como entrou aqui, e
porque eles não te veem? Estão fazendo algum tipo de brincadeira? Ou é um novo
método para roubar casas?
-Olha, eu também não
faço ideia do que está acontecendo. Em um segundo eu estava aqui na minha casa,
e do anda todos vocês apareceram e os moveis mudaram, e ficou de noite...
-Do que você está
falando? Você está maluca!
-EU? Olha, tem alguma
coisa muito errada aqui. Não percebeu ainda?
Luana foi para frente
das duas crianças sentadas no sofá e gritou com elas.
-Espera...Minhas
irmãs...realmente não te veem?
-Assim como os seus
pais, que pensaram que você estava louca.
-Qual o seu nome?
-Luana. E você é
Marina, certo?
-Sim. Acho melhor
irmos para o meu quarto. As minhas irmãs devem estar achando estranho eu falar
com o vento.
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