quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O diário de Isabela - Parte 23


Vi vultos, luzes e ouvi vozes. Acredito ter ouvido muitos passos também e sentido mãos em mim. E de repente tudo estava silencioso e meus olhos abriram vendo um teto branco com uma lâmpada forte que me cegou os olhos. Fiquei paralisada tentando me lembrar onde estava, como tinha ido parar ali ou mesmo o que tinha acontecido antes. Sentei na cama branca, com lençóis brancos e notei uma sala completamente branca. Estava quase cega pela brancura total do lugar, aquilo realmente me incomodava.

Olhei em volta e não sabia o que fazer, não havia nada além da cama (e que cama estranha), e um copo de papelão cheio de água ao lado da cama (sim, no chão). Sentindo-me em um filme de terror, levantei e caminhei até a porta que tinha uma janelinha minúscula e quadrada que mesmo na ponta dos pés eu só alcançava ver um pouco. E a única coisa que eu via, não ajudava muito; uma porta idêntica a minha do outro lado, com o nome de alguém escrito, Ana Cristina. 

A porta não tinha maçaneta e o quarto não tinha janelas, então resolvi bater na porta esperando que alguém me ouvisse do outro lado , mas o lugar parecia deserto. Antes de me desesperar resolvi apenas esperar, uma hora alguém apareceria. Passei vários minutos  sentada no chão encostada á porta olhando para o quarto. Levantei e olhei novamente pela janelinha da porta e vi d outro lado do corredor, na janelinha da outra porta a pessoa que provavelmente era a Ana Cristina, ficamos nos encarando alguns minutos. Eu não tinha nada melhora para fazer mesmo. Até que vi alguém se aproximar.
 

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