segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O blog no face




Já faz tempo que me falam para  criar uma página do blog no face pois muitas pessoa não acessam blogs, e então, criei. Ela tem o mesmo nome então é fácil de encontrar.

Bom, mas fácil ainda é você clicar aqui e já parar direto na página né?

Curta e acompanhe! 

XOXO
 

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 2: Chamada perdida

 Comecei a ouvir barulho de agua e abri meus olhos com muita dificuldade. Estava claro e chuviscando. Me dei conta de que estava deitada no chão. No barro, para ser mais específica. Tentei me levantar sem entender muito bem o que havia acontecido e senti uma tontura terrível que me fez cair de joelhos. Comecei a sentir uma ardência em meu pescoço e coloquei a mão pressionando. Meu pescoço estava quente então retirei a mão e percebi que também havia sangue. Comecei a chorar de uma forma desesperadora colocando as mãos na cabeça e sentindo que ela também estava ardendo em febre. Chorei durante alguns minutos meio perdida em lembranças e depois ouvi nitidamente uma voz masculina dizendo : hora da janta!

Quatro da manhã.

Cheguei em frente a minha casa da pior forma possível. Meus pés estavam feridos, eu sangrava e estava toda molhada, meu rosto estava coberto de maquiagem derretida, eu estava com muita lama em meu corpo e chorava sem parar.

Entrei no mais absoluto silencio e subi as escadas deixando  carpete todo lamacento. Minha mãe iria me matar.Fui direto para  o banheiro e entrei debaixo do chuveiro de roupa e tudo.Vi a agua escorrer suja e sangrenta.

Estava me sentindo completamente renovada depois da me libertar de toda aquela sujeira, mas ainda me sentia cansada e tinha o corpo mole. Fiz um chá e tomei um remédio.Deitei em minha cama e apaguei.

Meio-dia.

Acordei com o barulho de um trovão que explodiu em minha cabeça como se estivesse trovejando dentro do meu cérebro. Sentei na cama assustada e meio perdida no tempo e olhei o relógio.Lá fora estava nublado porem não aprecia que iria chover como a noite passada.Minha barriga estava gritando desesperada por alguma comida. 

  Desci as escadas e a casa estava silenciosa. As escadas continham lama seca. Meus pais trabalhavam o dia todo e naquela segunda provavelmente sairiam para comemorar o aniversário de casamento. Sentei a mesa e comi a ultima fruta que estava ali em cima. Comecei a pensar sobre aquela maldita madrugada de filme de terror e...nossa! Não conseguia chegar a nenhuma conclusão sobre nada. Minha cabeça doía e queimava. 

Comi e voltei a me deitar já que me pareceu a única solução. 

Onze da noite.

Ouvi batidas em minha porta e senti o cheiro da grama molhada lá fora. Abri meus olhos e vi minha mãe abrindo a porta

-Esteve dormindo até agora Nancy?
-Não mãe. Acordei para comer. Estou ardendo em febre.
-Hoje era seu primeiro dia de aula na faculdade e você não foi?
-Me ouviu dizer que estou doente?

Minha mãe puxou minha coberta e eu ja sabia que era para por para lavar.

-Fica a madrugada toda na rua e vem com desculpinha de que faltou porque esta doente. 
-Ai mãe...me erra vai.

Ela me deu dois tapas na coxa.

-Me respeita menina!E amanha você vai limpar aquela escada.

Saiu do quarto e me deixou sentindo o vento gelado que vinha da janela. Que preguiça de me levantar. Minha barriga estava novamente gritando desesperadoramente. Fui até a janela para tranca-la e notei alguém sentado na calçada. Me deu a curiosidade de saber quem era e fiquei olhando por alguns segundos. Como se soubesse, a pessoa se virou e me encarou.Fechei a cortina rapidamente.Eu einh!

Coloquei uma calça moletom e um casaco. Aquela madrugada iria com certeza chover igual a anterior. Comecei a caçar o meu celular por entre as coisas jogadas no chão. Lembrei que não havia tirado ele do carro e desci. Olhei pela janela se a pessoa ainda estava lá fora, e graças a Deus não estava. Catei as chaves que havia deixado na sala na madrugada daquele dia e fui até o carro.

O celular estava caído a baixo do banco de passageiro. Haviam varias chamadas não atendidas e mensagens de texto. Desci do carro e deixei para ver isso lá em cima. Travei o carro e estava atravessando a rua de volta para casa quando senti que havia alguém atrás de mim.

PRÓXIMO CAPÍTULO : DIA 03 DE MARÇO
O maior guerreiro é aquele que enfrenta seus medos.
Com choro, com dor, com guerra dentro e si.
Enfrenta.
Não precisa necessariamente vencer o medo, pelo menos é como penso. 
Mas enfrentar. Lutar.
O maior guerreiro é aquele que enfrenta seus medos.


- Letícia Pontes

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 1: Hora da janta




A chuva caía incessantemente e eu não queria descer do carro apesar de ter estacionado ele a cerca de quinze minutos. Meus pais haviam me ligado três vezes perguntando onde eu estava e eu avisei que não iria para casa. Apesar de que, estava estacionada na rua de casa. Eu apenas não podia entrar em casa daquela forma, estava ensopada, maquiagem borrada pelo choro e cheirava a cigarro. Só queria ficar alí.

David provavelmente estava agora num bar bebendo e paquerando uma garçonete com quem terminaria a noite.

Meia noite.

Eu realmente não queria entrar em casa. Abri a porta do carro e joguei meu ultimo cigarro. Desci e travei o carro. Caminhei até o meio da rua e olhei para cima. A chuva forte não me deixaria abrir os olhos. Caminhei pela rua deserta por um bom tempo até me sentir cansada e tirar os sapatos. Não sabia onde estava indo, e nem mesmo porque. Só queria andar e chorar por aquele idiota. Queria chorar muito, até não ter mais lágrimas para derramar.

Depois de quatro anos de namoro, e quatro meses de noivado, tendo um fim com descobertas nojentas de traições, você não pode me julgar por estar assim. Choro mesmo.Desabo mesmo,afinal não tinha ninguém me vendo. Ou tinha? Estava com a  sensação de ser seguida porém não havia uma alma sequer por ali. Talvez não fosse mesmo muito aconselhável estar na rua aquela hora ,mas sinceramente eu estava pouco me lixando.

Caminhei mais um pouco e percebi que já estava na ponte.Juro que se tivesse um pouco mais de coragem, pulava dali Me assustei com um carro que passou e xinguei ele por  ter me jogado lama. Estava sem vontade de chorar, ou qualquer coisa relacionada ao David e comecei a fazer meu caminho de volta.

Uma e meia da madrugada.

A chuva estava mais forte e eu estava com tanto frio que andava tropeçando em mim. Subi a calçada e fiquei em baixo de uma árvore frondosa , apenas pra poder observar a rua , se estava alguém me seguindo ou algo assim. E sim, havia alguém. Estava caindo tanta agua que eu não soube de primeira se era alguém ou alguma coisa apenas. Havia mesmo alguém parado na esquina me observando. Decidi continuar andando. Rápido. Estava tropeçando mais do que o normal. Olhei para trás a primeira vez e a pessoa continuava parada na esquina. Mantive o ritmo e olhei novamente para trás, e dessa vez me assustei ao ver que a pessoa estava andando em minha direção muito rapidamente. Comecei a praticamente correr e antes de virar a esquina conferi se havia conseguido deixar a pessoa bem para trás. Para a minha surpresa, não havia ninguém ali. Não havia nada, nem um movimento,ninguém mesmo.Eu não sou louca, havia alguém alí antes, então onde quer que estivesse, era melhor eu correr. Virei a esquina e dei um grito estridente ao ver que a mesma pessoa que eu havia visto estava na minha frente a poucos metros de distancia. 

Estava desesperada correndo na direção contraria a minha casa porque não havia para onde ir. Era domingo e os únicos lugares abertos aquela hora ficavam bem no centro, e só bares lotados de bêbados e prostitutas.Quem iria me ajudar? Não parei para olhar para trás em nenhum momento. Seja onde essa pessoa estivesse, eu continuaria a correr. O frio havia passado, a chuva estava mais pesada e eu havia largado meu sapato em algum lugar que eu não fazia ideia de onde.

Não aguentava mais correr e entrei em um beco para me esconder no escuro e descansar. Foi quando senti alguma coisa cair em cima dos meus ombros e caí de cara no chão sentindo aquele peso e dor terrível. Senti o gosto de sangue e lama em minha boca e a ultima coisa que ouvi foi em sussurro alguém dizer:

 "Hora da janta"






* Próximo capítulo : 29 de fevereiro *

 <3 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Sobre o fim

 * ALERTA DE SPOILER SOBRE O ULTIMO CONTO *


Eu espero realmente que O diário de Isabela tenha agradado a vocês! 


Terminou meio confuso para alguns então vou resumir o que aconteceu. A Isabela não vivenciou nada que aconteceu em quase todos os capítulos. Sim, ela era maluca. E o fato do André - que só existia na cabeça dela - aparecer no mundo real, é um fato que fica a critério do ator criar teorias. 

Eu quis terminar meio que com um novo começo mesmo. Você pode acreditar no que quiser, criar a teoria que quiser. E talvez  - muito talvez - eu crie uma continuação futuramente . O conto começou em Junho do ano passado e só teve fim agora em fevereiro, porém, foi por pura falta de criatividade e preguiça também.

Espero que o novo conto agrade , e que não seja tão longo para não ficar cansativo. 

E quero comentários ao término dos capítulos. 

XOXO

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O diário de Isabela – Parte 30 – FINAL

 

Finalmente eu iria embora. Finalmente minha vida seria normal. Mesmo que eu estivesse começando do zero, ao menos era uma vida real. Eu havia passado as três semanas procurando qualquer rastro do André pelo sanatório, porém não havia sinal nenhum dele por lá. Segundo as informações que passei para medico, enfermeiros e psicólogas... Não havia ninguém assim ali. E segundo a minha psicóloga, ele era um personagem de minha imaginação. 

Foi lamentável.

Eu realmente estava apaixonada. Só que por alguém que só existia em meus sonhos.

Os meus pais não desgrudaram de mim nenhum dia sequer naquela primeira semana. Redecorei meu quarto que havia ficado do mesmo modo de quando saí., fiz compras, conheci a cidade que estava bem diferente, revi amigos de meus pais, revi bebes que agora eram adolescentes. Foram tantas novidades. Eu estava cansada de tantos eventos e saídas, de tantas coisas novas e nomes novos para decorar. De tanta novidade que havia acontecido em dez anos e até mesmo celebridades que haviam falecido e me surpreendeu. Porém era um cansaço que eu gostava. Era saúde.

Era segunda-feira e meus ais haviam voltado a trabalhar, afinal já tinham tirado um mês de recesso para ficarem comigo. Eu queria fazer algo mas não sabia o que nem com quem. Minhas aulas particulares só começariam na segunda que vem. Eu ainda frequentava o psicólogo, porem agora eram só três vezes na semana. Estava no meu quarto quando ouvi barulho de um caminhão e vozes na casa do lado. Lembrei que ela estava para vender... Só podiam ser os novos moradores. Desci as escadas correndo e fui cumprimenta-los. 

Eles pareceram surpresos , eu provavelmente parecia uma criança. Estava ajudando a tirar as caixas de dentro do caminhão e colocando-as na grama da calçada. Eu estava dentro do caminhão quando ouvi uma voz inconfundível de lado de fora falando com a minha nova vizinha.

-Mãe, onde coloco isso?

Gelei dos pés a cabeça e caminhei até fora do caminhão. Só podia ser brincadeira...

- Ah, Isabela esse é o meu filho. Filho essa é a nossa nova vizinha. Vou guardar essas caixas e volto já. 

Ela saiu e nos deixou ali. Eu estava com os olhos arregalados olhando para ele. Se aquilo era um sonho eu não queria acordar.
Ele me olhou intrigado e sorriu falando:

-Prazer, sou o André!

Meu coração disparou a mil. E eu soube que tudo mudaria para melhor.


-  FIM  -
 


Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal - SINOPSE


Meu nome é Nancy Ahlert e minha vida é uma droga. 

Eu estava noiva, ia começar minha faculdade e tinha o carro que sempre quis. O que poderia estar ruim? O que poderia dar errado?
Eu esperava qualquer coisa, mas na isso. Não tudo isso!

Talvez eu tenha um magnetismo para coisas ruins, sei lá. Talvez todas as coisas de ruins que já fiz voltaram para mim multiplicado por cem. O famoso carma. 

Eu só queria morrer. E nem isso eu poderia mais!


ESTREIA DO CAPÍTULO : DIA 25 DE FEVEREIRO





segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O diário de Isabela – Parte 29



Estava sentada em meu quarto branco a mais de uma hora chorando e me perguntando se tudo aquilo realmente poderia ser real. O mesmo enfermeiro de quando acordei entrou umas duas vezes e também me explicou que eu ia passar por umas sessões de terapia sozinha e com ele. Também me deu remédios que ele disse que eram diferentes do que eu tomava  que só tomaria mais duas doses daquela.
Passei uma semana fazendo terapia pela manha cedo e tendo que fazer desenhos, decifrar imagens, escrever redações, falar com minha ,médica e também ser examinada todos os dias. Eu chorei toda as noites. 

Eu precisava do André, e ele era apenas um fruto da minha imaginação.

Na segunda semana eu recebi finalmente a visita de meus pais, eu juro que faltei enfartar de felicidade. Conversamos durante horas e eles começaram a vir nos dias seguintes para fazermos terapia juntos. Fazíamos também algumas sessões de perguntas e fiquei sabendo de tanta coisa nova. Meus pais tiveram um filho, ele tinha agora cinco anos. Minha mãe se formou finalmente na faculdade dos sonhos dela e era advogada. E das boas. Meu pai continuava sendo policial e já estava perto de aposentar. Ele também tinha levado um tiro em uma das operações ;o casamento deles durava até hoje e eles haviam se mudado par um bairro nobre. Era ótimo falar com meus pais. Eu já não chorava durante as noites.

Na terceira e ultima semana foi inteira de aulas de alfabetização.  Eu estudava pela manha ( Português), pela tarde ( Matemática) e também pela noite (Historia). E estudara durante um ano essas três matérias. Tudo que eu deveria ter aprendido até o ensino médio. Me falaram que no ano seguinte eu teria um horário igual, e mudaria apenas as matérias ( Geografia, Ciências  e Biologia) , e teria um terceiro ano que eu concluiria ali (Inglês, Física e Química). Seria um ano de vários conhecimentos novos para mim. Minha vida iria começar agora.
 


De tudo!


 

De todos os esforços que eu fiz por você, de todas as lágrimas que derramei por ti, de tudo...

De todos os seus erros perdoados, de todas suas mancadas apagadas, de tudo...

De todos os dias te amando, de todas as vezes te ajudando, de tudo...

De toda confiança depositada, de toda certeza de toda esperança, de tudo...

De tudo...você foi meu maior erro. 

-Letícia Pontes

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O diário de Isabela – Parte 28



Parecia a diretoria de uma escola e o velho sentado a minha frente parecia um bruxo rabugento. Mas as aparências enganam.

-Querida, antes de tudo eu sinto muito! Eu não sei o que você acha estar acontecendo mas tenho quase certeza de que você lembra de algo que nunca aconteceu.

- Desculpe... eu não estou entendendo doutor. 

Ele se levantou e foi até a janela da sala. Fez sinal para que eu fosse até lá e me apontou uma placa gigante na grama onde pude ler :  “Sanatório Dahmer - Instituto de tratamento mental Para adolescentes e crianças”

Fiquei paralisada alguns segundos e olhei para ele incrédula.

- Sou Samuel Dahmer, dono e diretor do Instituto.

- Vai me dizer que quando caí da escada fiquei maluca

-Mas você nunca caiu de nenhuma escada!

Ficamos em silencio alguns segundos.

- Você veio para cá quando tinha dez anos de idade Isabela, e isso já fazem dez anos.

- Impossível! Eu não tenho vinte anos! – Eu estava prestes a gritar e sair correndo feito uma maluca

-Nesses dez anos você ficou num estagio que chamamos de “dormindo” . Você vivia “normalmente” só que apenas com a sua imaginação.

- Eu não estou entendendo – Eu estava em prantos.

- Aos dez anos você começou a viver num mundo só seu. Não via nem ouvia mais ninguém além dos seus personagens imaginários. Voce acreditou  que sua mãe estava morta e vivia chorando pela morte dela enquanto ela estava d seu lado implorando para você olhar para ela.

Só podia ser brincadeira.

- Foi quando te trouxeram para ca , e você conheceu todos aqui, no primeiro dia parecia estar bem, porém no dia seguinte sue  continuou , mundo imaginário. A médica chefe era sua madrasta, as gêmeas eram suas irmãs, e por ai em diante. Voce criou novas identidade para todos, e muitos personagens também só existiam em sua cabeça. Isabela, hoje você acordou! Hoje você finalmente falou  com todos e viu todos realmente. Só que você criou mil lembranças falsas em sua cabeça.

-Eu sou maluca?

-Preferimos dizer criativa!

 Eu já não tinha lágrimas para derramar.

-O que vai acontecer agora?

-Você pode ir para casa se seus pais quiserem

- Meus pais? Eles... Estão vivos?

-Sim Isabela, eles só morreram no seu mundo.

Ao menos isso seria bom nessa nova realidade.

-Você precisa ir para o seu quarto agora. Entraremos em contato com sua família e se eles aceitarem te retirar daqui, amanha começaremos a organizar tudo.

- ‘Tudo’ o que?

-Além a papelada você não pode sair sem terminar o tratamento e passa por alguns exames.

Fechei meus olhos e deixei a ultima lágrima escorrer e fui então levada e volta para o meu quarto.