terça-feira, 31 de maio de 2016

Segunda temporada vem aí...


Para quem estava acompanhando Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal, ficara feliz em saber que a segunda temporada da história esta começando amanha. Porém, ela terá a frequência de capítulos mais demorada.

A segunda temporada será intitulada Nancy Ahlert - Vivendo o medo e por enquanto ela não está concluída, mas estará em pouco tempo. Talvez, ela tenha uma terceira temporada, MUITO TALVEZ.

Para quem não estava acompanhando e nao quer ter que ler os 30 capítulos anteriores, amanha farei um resumo dos 30 capítulos.

Enfim, é isso!

xoxo

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Eu já cansei


Cansei de olhar para frente e não enxergar nada. Cansei de olhar para trás e querer correr com medo do passado que me persegue incansavelmente. Cansei de deitar todas as noites e a minha cabeça quase explodir em pensamentos. Cansei de tudo, cansei desse nada.

- Letícia Pontes

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Amor platônico

 

Ela pedalava todos os dias e no fim da tarde estava sempre ali sentada na grade que não nos deixava chegar ao oceano. Ela todos os dias ficava uma hora inteira ali e depois ia embora. E eu a via todos os dias, observava, desenhava ela. Era uma moça encantadora. Pequenininha, branquinha, cabelos pretos e óculos. Geralmente usava vestidos floridos. Era minha paixão platônica. Eu ,um cara que não saia de meu quarto para nada a não ser para ir a faculdade, apaixonada por uma garota que eu nem conhecia. Não tinha a menor coragem de descer de meu apartamento para ir cumprimenta-la. As paredes do meu quarto tinham fotografias dela, desenhos, tirinhas e poemas. Fazia mais de três meses que ela ia lá todos os dias. Fazia mais de três meses que eu a "conhecia" .

Um determinado dia ela chegou com muita pressa, pulou da bicicleta e deixou ela caída na calçada. Correu até a barra e s apoiou nela chorando. me levantei de minha cadeira preocupado e fiquei em pé para poder ver melhor o que estava acontecendo. Ela sentou  na grade virada para o oceano, como fazia de costume. E se jogou. Naquele momento meu coração disparou. Fiquei imóvel alguns segundos e em seguida sai correndo de samba-canção pelo prédio em um desespero absurdo. Atravessei a rua sem olhar para os lados e ouvi as buzinas reclamando, apoiei meu corpo bruscamente na grade e vi seu corpo boiando perto de pedras ensanguentadas.

Eu estive no enterro dela. Me apresentei como um amigo, levei flores, levei até alguns desenhos que eu havia feito dela. Não havia ninguém alí. Apenas uns professores da faculdade, e um pai bêbado. Vi uma garota aparecer depois mas ficou por pouco tempo. 

E eu nunca pude conhecer ela...
Talvez se eu tivesse tido a coragem de descer e cumprimenta-la.
Quem sabe...

- Letícia Pontes

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Cartas nao enviadas


Se você lesse tudo que escrevi pensando em te mandar... Faço coleção de cartas não enviadas. Todas destinadas a você. As vezes da aquela vontade de mandar tudo de uma vez para você ter que ler tudo e tentar entender o que sinto. Mas ai vejo que se você for ler...você ai ficar mais confuso ainda.

- Letícia Pontes

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Uma breve história sobre um desamor


Toda noite eu ligava e chorava ao telefone. Perdia para voltar e implorava atenção. Pedia perdão sem ter feito nada. Falava que mudaria meu jeito, que apagaria meus defeitos. Eu perguntava o que eu tinha feito, ou deixado de fazer. Pedia que me desse outra chance e jurava que seria diferente. Mas um dia eu cansei. Meu coração doía de desilusão mas era hora de seguir em frente e parar de ser boba. E eu segui. E segui mesmo. Minha vida estava boa até demais, mas eu ainda não sabia o motivo daquele fim tão repentino. E ele surgiu em minha porta um dia qualquer de um fim de semana meses depois. Eu estava atrasada, ia acampar com as minhas amigas e apenas falei que semana que vem ligava. Mas ele insistiu, disse que era importante. Ele me abraçou repentinamente e disse o quanto me amava. Meu coração doeu, eu não estava preparada para aquilo. Mas eu demonstrei força e disse que realmente precisava ir.

Minha semana não foi tão boa quanto eu esperava. Minha cabeça ficou a mil e o coração fiou ali com ele naquele abraço. 

Mas quando voltei eu quis entender o que tinha acontecido. Cheguei de surpresa n saída da faculdade dele e quem teve a surpresa foi eu. Vendo ele com outra eu entendi, ele só sentia falta de alguém mendigando o amor dele. E mais uma vez eu fui embora sem entender nada, mas com o coração batendo, e nao era por ele. 

- Letícia Pontes

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Prometo ser feliz



Se você esperava receber ligações minhas na madrugada ou mensagens de desespero pedindo que volte, errou. Não vai acontecer novamente. Te prometo que não vai me ver batendo em sua porta. Prometo que não vai ouvir minha voz novamente. Prometo que vai me ver sorris, viajar e seguir os sonhos que você tanto me disse que eu não conseguiria. Prometo ser feliz.

- Letícia Pontes

terça-feira, 17 de maio de 2016

Nao sei dizer


Seu sorriso as vezes parece que me alimenta. O som da sua risada, sei lá. Acho que os dois juntos. As vezes parece que meu coração para por uns instantes quando te vejo, ou talvez acelere demais. Também não sei dizer. Pode parecer loucura mas nao sei explicar se eu derreto e afundo no chão ou se eu saio do chão, flutuo, quando estou contigo.

Juro que eu não sei explicar. Juro que queria saber.

- Letícia Pontes

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 30: A primeira profecia


Oito horas a manhã

 -Quando a minha avó era apenas uma adolescente, ela conheceu uma garota humana que emanava uma energia muito forte. Minha avó era uma bruxa inexperiente e não percebeu que a garota era uma preciosidade.

 -Bruxa? -ouvi que eu deveria temer as bruxas

-Me deixe falar apenas. Naquela época as bruxas viviam em paz com todas as espécies. Inclusive os humanos. As bruxa eram como médicas ,curandeiras, sempre ajudavam a espécie humana. Mas a espécie humana era inimiga dos Nosferatus de qualquer raça.Afinal, humanos sempre foram o prato principal deles. Os Nosferatus decidiram que as bruxas tinham que optar por um lado. Ou o deles, ou o dos humanos.

-E o que a menina humana tem a ver com isso?

-Se você só me ouvir, vai saber. Minha avó estava desesperada pois sua melhor amiga era humana,e ela queria escolher os humanos, mas não tinha idade para  votar. As bruxas e bruxos de todo o mundo se uniram e decidiram que ficariam do lado delas mesmas. Não optariam por nenhum, não seriam inimigas de nenhum, mas também não ajudariam a nenhum. Desde então os Nosferatus declararam guerra contra todos bruxos e bruxas. Minha avó foi pela ultima vez a casa da sua amiga humana , e foi quando descobriu que na verdade ela era um oráculo. E foi da boca dela, naquele dia que saiu a primeira profecia poderosa. Um tipo e profecia que pode durar até milênios. Foi a profecia mais poderosa e duradoura de toda a história. E ela falava de você.

Meu coração estava disparado, e eu percebi que não estava respirando, então voltei a respirar.

-Apolónia era nova demais e nem sabia que geraria tanta repercussão. E tanta sofrimento para ela mesma. Ela em sua profecia falava sobre uma criança que nasceria e seria mais poderosa do que qualquer criatura existente na terra. Ela seria criada por um Nosferatu,e teria o poder dele multiplicado por 100, teria sangue de bruxa e dons que ainda não existiam. As bruxas ficaram possessas de raiva pois não queriam um ser com mais poder do que elas, e como a profecia dizia que um Nosferatu a criaria, então decidiram que matariam todos os Nosferatus, desde aí a guerra começou. Os humanos assustados, pois estavam sofrendo as consequências, culparam Apolónia, afinal não entendiam que ela não planejou nada, que o que saia da boca dela, saia mesmo que ela quisesse conter as palavras. Com medo que ela criasse mais guerras, eles arrancaram os olhos dela e costuraram sua boca , um ano após a profecia.

Eu estava com os olhos arregalados e a boca entreaberta numa verdadeira expressão de horror.

-Isso faz mais de dez séculos querida, não tem mais que sentir pena. Ela ainda viveu muito tempo e fez muitas profecias. Como eu disse, a boca costurada não impedia de sair vozes dela.

Imaginar algo assim, me causou arrepios.

-Então quer dizer, que eu sou a criança nascida com um poder absurdo? Engraçado que até agora só consegui subir paredes.

Ela sorriu.

- A sua história nem começou ainda querida.


ATÉ A PRÓXIMA TEMPORADA  - 01 de junho de 2016

Você não quer ficar

  
Se eu pudesse escolher escolheria você. Na verdade se eu pudesse te obrigar a ficar, eu obrigaria. Eu te faria ficar aqui, ou pelo menos volta todos os dias. Mas seu coração é frio. Você s[o quer brincar e eu já tenho mais idade pra isso.
Queria que ficasse, mas você só quer ficar. Ficar e ir. Não fica de vez. Se eu pudesse, te amarraria aqui. 

- Letícia Pontes 

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 29: A moça


Eu estava andando pelas paredes e teto do quarto a meia hora e  Akantha já havia dormido. Eu estava sem sono e energética. Tudo porque consegui uma proeza interessante.

Decidi sair pra dar uma volta. Desci até o saguão e vi a recepcionista me encarando. Estava louca para andar pelas paredes daquele saguão. Óbvio que eu não poderia.
A manha estava bonita e com o céu limpo. Era engraçado o clima mudando sem parar. Aposto que mais tarde choveria.

Senti a minha visão ficando turva de repente e tudo ficou escuro. Fechei meus olhos com força e quando os abri novamente, estava de noite. Chovia demais mas eu não me molhava. Estava prestes a gritar de desespero quando reconheci alguém correndo pela rua numa velocidade anormal e sendo seguido por um carro preto pequeno. De repente do outro lado da rua surgiu um furgão azul marinho com alguém debruçado na janela com alguma espécie de arma. A arma disparou repetidas vezes e vi a pessoa que corria pela rua desviar diversas vezes. Mas alguém num terceiro carro atirava também e dessa vez,a pessoa que corria estava perto demais do furgão e foi tingido na cabeça.Era o Alessandro. Os carros pararam bruscamente mas dois caras continuavam atirando até ficarem bem próximos. Vi Alessandro levantar a mão fazendo um gesto obsceno para eles e em seguida, atiraram em seu coração.

Meus olhos pareceram só então se abrir de verdade e eu estava de volta a porta do hotel. Senti alguém tocar meu braço de leve e olhei para o lado. Eu a conhecia de algum lugar.

-Você finalmente descobriu seu primeiro dom.

Aquela voz... era a mulher que me aparecera na praia.

- Está me seguindo?
-Claro que sim querida. Acha mesmo que vou te perder de vista?

A voz dela era calma porém firme.Ela segurou o meu braço e começou a me puxar.

-Me solte!

Ela me soltou alguns passos depois e apontou um poste. Cheguei mais perto e me reconheci em uma foto com o título "DESAPARECIDA".

-Seus pais colocaram em todas as cidades vizinhas. Vão te reconhecer rapidamente com você andando por aí assim. - Me estendeu a mão e entregou um chapéu de pescaria velho e sujo.

Meu coração começou a acelerar demais e eu enrolei meu cabelo prendendo  em baixo do chapéu. 

-Preciso de uma tesoura. E tinta. - Falei mais para mim do que para a moça estranha.

- Venha comigo Nancy.


Andamos quase correndo, ela me puxando pelo braço e esbarrando em pessoas que reclamavam. Entramos em três ruas diferentes e finalmente entramos em um beco cheio de lama e lixo com vários mendigos deitados. Senti cheiro de ferro. continuamos seguindo o beco e notei que era um lugar sem saída. Havia uma porta de ferro totalmente enferrujada no fim do beco. A moça tirou uma chave do bolso de sua roupa suja e com muita dificuldade abriu a porta.

Entramos em um ambiente nojento. Era a casa dela. Eu só soube porque ela disse "é a minha casa" ,mas eu poderia confundir facilmente com um deposito de roupas sujas, lixo e antiguidades. E provavelmente moradia de vários ratos, baratas e morcegos.Ela 
 Ela foi adentrando e eu apenas segui.

- Sente-se. - me apontou um sofá rasgado e sujo 

 Rezei para não sair um rato de dentro dele. Vampiros? Tudo bem. Ratos não! Sentei evitando encostar a minha pele. Ainda bem que minha roupa era longa. A moça voltou com uma tesoura e perguntou que tamanho eu queria. Depois de poucos minutos meu cabelo estava no ombro com uma franjinha que eu não tinha desde os três anos de idade.

- Combina com seu rosto.
-Quem é você afinal?
-Você não precisa ter medo de mim. Fazem séculos que espero por você, e minha mãe também esperou por séculos, pena que não esteja viva para te ver.
-Me desculpa moça, mas pelo jeito você sabe mais sobre mim do que eu mesma sei.
-Tenho certeza disso. Você deve estar tão confusa. Irei te contar uma pequena parte da história.

Ela fez um movimento com a mão e uma cadeira veio de outro cômodo e se instalou atrás dela. Sem olhar ela se sentou.   

terça-feira, 10 de maio de 2016




"E o silêncio nos mostra, mas ninguém parece ouvir
O silêncio nos mostra o caminho a seguir"


A gente ama até sangrar
Até não dar mais pra aguentar
A gente ama até achar o próximo pra amar

E a gente ama outra vez
E é tão certo dessa vez
Eu te amo até o tempo apagar tudo que você fez

- Manu Gavassi

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 28: Dons

 

-Se importa se eu fumar?
 -Precisará abrir a janela, e o sol já vai nascer.
-Fique na cama de cá. O sol não chegará aqui.

Akantha estava sentada na cama me olhando e provavelmente pensando em algo confuso pela cara que me fazia.

-Você já descobriu seu dom? - Ela perguntou de repente
- Ainda não. Talvez eu não tenha nenhum.
-Ou tenha muitos.

Ela se levantou e cruzou os braços me olhando com uma certa determinação de enxergar a minha alma. Caminhou até pertinho de mim e olhou meu cigarro.

-Posso fumar? - Ela estendeu a mão pedindo-o
-Mas é claro que não! - Puxei o cigarro para mais perto de mim.
- Tecnicamente não me fará mal nenhum.
- Tecnicamente você ainda é uma criança.

Ela gargalhou.

-Acho que você deveria testar alguns dons.- Começou a andar pelo quarto devagar e pensativa  e se manteve assim por alguns instantes.

O sol já estava aparecendo e eu fechei a janela soprando para fora do quarto a última tragada que havia dado. Larguei o cigarro na lixeira do banheiro depois de ver se realmente não havia deixado nenhum resquício de fogo. Não queria ser a culpada por mais um incêndio

- O que eu estou pensando?
-Oi?
-Vamos, leia meu pensamento. Você precisa apenas querer ler.Vamos lá, tente.

Limpei minha mente e tentei me concentrar apenas na cabeça dela. Fiquei olhando fixamente para a sua testa. Nada.

- Não acho que eu tenha esse dom. 
-Bom, você não tentou muito. Mas tudo bem. Que tal o da persuasão? Podemos ir até o saguão e tentar.
-Eu prefiro que não. - Imagina se eu ia tentar isso. Minha vida já tinha esquisitices demais.

 Ela se levantou do chão onde havia se sentado um minuto antes e me fez sinal para segui-la. Continue sentada vendo ela caminhar em direção a parede. Olhando para mim ela ergueu uma perna e apoiou na parede, depois enquanto erguia a outra para fazer o mesmo, o seu corpo foi mudando de posição até ela ficar em pé na parede, como se a gravidade ali permitisse aquilo tranquilamente.

- Isso você consegue.

Me levantei, aquilo sim seria interessante tentar. Fui até a cama e tirei o colchão dela, colocando no chão ao lado de onde Akantha estava, onde eu subiria.

-Pra que isso? 
-Caso eu caia, ao menos caio do macio. - Coloquei meu pé direito na parede e me senti ridícula naquela posição.Não dava para apoiar o pé por completo. Me concentrei. Queria muito andar pelas paredes como eu via em filmes. Ou melhor, como eu via na minha realidade os meus novos amigos fazendo.

Era horrível tentar tirar o outro pé do chão. Eu não tive confiança e acabei tirando o meu pé da parede.

-Pare com isso! Seja confiante. No máximo você vai cair no colchão. - Ela segurou a minha mão para que eu não me afastasse.

Caminhei de volta e coloquei novamente o pé na parede dessa vez sem dar muito tempo para pensar, coloquei o segundo pé.



sexta-feira, 6 de maio de 2016

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 27: Akantha

 

Estavam quatro pessoas paradas em frente ao carro me esperando.Me aproximei  mantendo a postura .

-Nancy , - Damian começou a falar -  esses são Alessandro , Marco e Akantha.

Ele me apontou dois caras e uma menina que tinha seus 14 anos de idade.  O tal de Alessandro me parecia bem normal, eu poderia confundir com um humano qualquer. O Marco era alto e forte como um segurança de boate e tinha uma cara de assassino. Mas a mais assustadora era a menina chamada Akantha. Além de se vestir como uma personagem de anime, e toda de preto, ela carregava uma foice gigante.

- Ola! – ela disse com voz fofa e segurou a minha mão.

-Olá – eu sorri meio assustada – Tem certeza que ela não saiu e um filme de terror?  -sussurrei  para Damian do meu lado.

-Eu posso te ouvir , você sabe não é?

Senti meu rosto corar.

-Tudo bem! Eu na ligo. Posso sentar do seu lado?

-Claro! – eu quem não iria reusar

Estávamos na estrada muito tempo. A menina não parava de falar e o Alessandro, que dirigia o carro ria de todas as suas historias e piadas. Não ouvi a voz do Marco nenhuma vez, muito menos um sorriso. Eu estava sentada entre Akantha e Damian. Ele perguntou se eu estava com sono ou cansada. E sinceramente eu estava muito cansada. Nunca gostei de longas viagens . Me deixavam dolorida e me davam enjoo. Pelo menos enjoo não tive ate agora.


Devo ter dormido em algum momento. Acordei com uma respiração gelada muito perto de mim. 

-Ela está viva – Era a Akantha.

Eu estava deitada no colo de Damian e coberta pelo casaco dele.

-Vocês formam um belo casal. – Akantha soltou a frase e desceu do carro. 

Percebi então que o carro não estava mais em movimento e os rapazes também não estavam mais alí. Me levantei e vi Damian me encarando.

-Vamos? - sugeri
-Vamos! - respondeu

 Estava amanhecendo já e precisávamos ir para algum lugar seguro. Só não esperava que ficaríamos em um simples hotel de beira de estrada.

- Homens em um quarto e mulheres no outro. - Akantha se apressou em dizer e segurou a minha mão novamente.

-Não acha mais prudente deixar a sua foice no carro?  Me arrisquei a dizer.

-Claro que não.

-É que não acho que vão permitir você entrar com isso.

Ela sorriu  e me olhou como se eu fosse uma pessoa burra e inocente demais .

-Eu sei ser bem convincente - E ainda segurando a minha mão, começou a andar em direção ao hotel.


Quatro e meia da manhã.

E deveria ter imaginado. Akantha tinha o dom da persuasão. Entramos e fomos direto ao balcão de recepção. Conseguimos dois quartos no mesmo andar e pagamos adiantado. Damian falou sobre termos viajado a noite inteira e que não acordaríamos pro café nem almoço. A moça estranhou, mas obviamente não questionou.

O quarto era pequeno e cheirava a mofo. Nenhum deles parecia sentir o cheiro incômodo.

Damian me chamou antes que eu pudesse entrar no quarto e depois esperou que todos entrassem.

- Você está bem?
-Sim.
- Você pode gritar se precisar de mim. 
- E sei, você virá correndo.

Ele sorriu e me beijou a testa.