sexta-feira, 6 de maio de 2016

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 27: Akantha

 

Estavam quatro pessoas paradas em frente ao carro me esperando.Me aproximei  mantendo a postura .

-Nancy , - Damian começou a falar -  esses são Alessandro , Marco e Akantha.

Ele me apontou dois caras e uma menina que tinha seus 14 anos de idade.  O tal de Alessandro me parecia bem normal, eu poderia confundir com um humano qualquer. O Marco era alto e forte como um segurança de boate e tinha uma cara de assassino. Mas a mais assustadora era a menina chamada Akantha. Além de se vestir como uma personagem de anime, e toda de preto, ela carregava uma foice gigante.

- Ola! – ela disse com voz fofa e segurou a minha mão.

-Olá – eu sorri meio assustada – Tem certeza que ela não saiu e um filme de terror?  -sussurrei  para Damian do meu lado.

-Eu posso te ouvir , você sabe não é?

Senti meu rosto corar.

-Tudo bem! Eu na ligo. Posso sentar do seu lado?

-Claro! – eu quem não iria reusar

Estávamos na estrada muito tempo. A menina não parava de falar e o Alessandro, que dirigia o carro ria de todas as suas historias e piadas. Não ouvi a voz do Marco nenhuma vez, muito menos um sorriso. Eu estava sentada entre Akantha e Damian. Ele perguntou se eu estava com sono ou cansada. E sinceramente eu estava muito cansada. Nunca gostei de longas viagens . Me deixavam dolorida e me davam enjoo. Pelo menos enjoo não tive ate agora.


Devo ter dormido em algum momento. Acordei com uma respiração gelada muito perto de mim. 

-Ela está viva – Era a Akantha.

Eu estava deitada no colo de Damian e coberta pelo casaco dele.

-Vocês formam um belo casal. – Akantha soltou a frase e desceu do carro. 

Percebi então que o carro não estava mais em movimento e os rapazes também não estavam mais alí. Me levantei e vi Damian me encarando.

-Vamos? - sugeri
-Vamos! - respondeu

 Estava amanhecendo já e precisávamos ir para algum lugar seguro. Só não esperava que ficaríamos em um simples hotel de beira de estrada.

- Homens em um quarto e mulheres no outro. - Akantha se apressou em dizer e segurou a minha mão novamente.

-Não acha mais prudente deixar a sua foice no carro?  Me arrisquei a dizer.

-Claro que não.

-É que não acho que vão permitir você entrar com isso.

Ela sorriu  e me olhou como se eu fosse uma pessoa burra e inocente demais .

-Eu sei ser bem convincente - E ainda segurando a minha mão, começou a andar em direção ao hotel.


Quatro e meia da manhã.

E deveria ter imaginado. Akantha tinha o dom da persuasão. Entramos e fomos direto ao balcão de recepção. Conseguimos dois quartos no mesmo andar e pagamos adiantado. Damian falou sobre termos viajado a noite inteira e que não acordaríamos pro café nem almoço. A moça estranhou, mas obviamente não questionou.

O quarto era pequeno e cheirava a mofo. Nenhum deles parecia sentir o cheiro incômodo.

Damian me chamou antes que eu pudesse entrar no quarto e depois esperou que todos entrassem.

- Você está bem?
-Sim.
- Você pode gritar se precisar de mim. 
- E sei, você virá correndo.

Ele sorriu e me beijou a testa. 

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