sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O mistério das Quatro - parte 16

Para a sua surpresa, assim que passou pela porta, se encontrou no mesmo porão, e encarando as quatro garotas encharcadas e inchadas.

-Que... O que vocês fizeram?

Saiu novamente pela porta e assim que eu a fechou se viu novamente no porão com as quatro garotas.

-Não adianta... Você não vai a lugar nenhum se nós não quisermos. – falou uma delas

-Não á assuste Talita, nós queremos ajuda, e não mais uma contra nós.

-Vamos aos poucos – falou a garota que ainda não tinha se pronunciado – Eu sou Amélia, a líder , nasci em 1920. Essa é a Ana – apontou para a garota ao seu lado – ela é a nossa querida amiga chorona, nascida também em 1920. A Marina você já conhece, ela é nossa dramática e nasceu também em 1920. E por fim, Talita, a bruta, nasceu em 1920.

-Todas nós nos conhecemos em 1935, em uma festa na casa de um conhecido e ficamos amigas justamente por nascermos todas no mesmo mês do mesmo ano, setembro. Achamos interessante e ficamos amigas. – Continuou Ana

- Pra que está contando isso? Não tem importância, não é sobre isso que viemos falar – Marina se intrometeu – acontece que no nosso aniversário, decidimos passar juntas e queríamos numa casa de praia. Queríamos ficar sozinhas e fazer fogueira, dançar, brincar, comer... Apenas nos divertir.

-Mas aconteceu algo horrível conosco, e por falta de justiça, nós ficamos vagando durante esses quase noventa anos, esperando ela ser feita. Nós aparecemos algumas vezes para buscar uma pessoa que mereça nos ver e saber de tudo, para nos ajudar a fazer justiça.

-Olha... Se eu por acaso acreditasse em toda essa baboseira... Gostaria de saber o que houve com vocês.

-Não finja que não acredita Luana! – Gritou Marina – Nós precisamos de você e sua cabeça dura só nos atrasa.

-Luana, o taxista nos afogou. – Ana flou em prantos

-O que? Por quê? – Ela já não podia mais esconder que acreditava em tudo aquilo.

-Nós nunca soubemos. Apenas nos matou. Como um louco, que mata por prazer.




Amor morto

Escrevi cartas, pra você. Foram bilhetes, poesias. Tiveram músicas, tiveram versos. Frases bobas de amor. Escrevi seu sobrenome no meu nome, pra ver como seria. Desenhei a planta da nossa casa. Fiz uma lista de possíveis nomes dos nossos filhos. Parei em vitrines para ver como seria minha aliança. Imaginei se você faria declarações de amor pra mim. Imaginei você me dando flores da frente de qualquer um. Imaginei você deixando de sair com seus amigos para me encontrar. Desenhei corações com nossos nomes. Imaginei nosso primeiro beijo. Sonhei com você. Tive uma vida com você. Uma vida que eu vivi sozinha. Porque você se foi. Você está em um lugar melhor agora. Agora você está longe de meu alcance. Do alcance de qualquer ser vivo. Mas não me importo. Eu estou com você. E tudo que sonhei, infelizmente só vai ficar nos sonhos.

- Letícia Pontes

O mistério das quatro - Parte 15

-Ela não vai ficar calma Marina.

-Silêncio Ana. Precisamos dela.

-Que brincadeira é essa? – Luana arriscou falar algo

-Você se lembra de todas as histórias que ouviu sobre nós?

-Vocês?

-Não se faça de louca Luana, você ja entendeu quem somos.

-Chega de gracinhas Marina – Luana se levantou o batente que estava e virou as costas para as quatro – vou embora.

-Vai? Pra onde? Pra sua casa? Como?

Luana parou um instante, mas decidiu não voltar atrás, sentia medo e não queria demonstrar.

-Eu dou meus pulos

E saiu pela porta velha do porão.



Vingança

Você foi pra mim a melhor, quase irmã.
Até me trair, cortar os laços.
Então, tudo acabou.
Meu segredo revelado, pela boca de uma amiga.
Senti como se eu fosse ninguém, nada para você.
Foi assim que me senti, é assim que em sinto.
Chegar á um local, ver todos me observando.
Ver meu maior e pior segredo na boca de todos.
Sentir as algemas no pulso, suas lágrimas caindo,
Pedindo perdão, mas com um leve sorriso.
Foi naquele momento que prometi vingança.
E hoje no seu enterro, meu corpo rígido,
Nenhum peso na consciência, nada a declarar.
Nenhuma lágrima. Para derrubar.
Não pro você.
A polícia chegando, e novamente, 
As algemas em meu pulso.

- Letícia Pontes

Sonhos

Te vi. Gostei. Conheci. Beijei. Sonhei. Tive vontade de ver. Tive saudades. Namorei. Conheci a família. Passei o Natal junto. Fui ao cinema. Encontrei-me ás escondidas. Tomei banho de chuva. Disse que amava. Briguei. Chorei. Sofri. Pedi desculpas. Amei. Disse coisas bonitas. Ganhei um anel. Fiquei emocionada. Dei mil beijos. Dei abraços. Disse que amava. Briguei. Chorei. Disse que amava. Desculpei. Usei a camiseta. Ganhei flores. Tomei champanhe. Casei. Tive minha casa. Disse que amava. Dormi agarrada. Fui pra praia. Disse que amava. Preparei almoço. Dei beijo de bom dia. Sofri de saudades. Amei. Amei muito. Cuidei do bebe. Amei o bebe. Tirei fotos. Disse que amava....Acordei!
Vou ali realizar.


 - Letícia Pontes

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O mistério das quatro - Parte 14

Chegaram ao porão sem nenhum problema. Luana desceu na frente, e Marina veio logo em seguida.

-Marina, acende a luz.

A escuridão ficou maior quando Marina fechou a porta do cômodo.

-Acende logo, nãos abemos o que pode ter aqui.

Os olhos de Luana ainda não haviam acostumado á escuridão do lugar, mas olhando para a porta, não conseguiu ver se Marina estava ou não ali.

-Marina, não tem graça. Acende a luz e aparece logo.

Sua voz trema e ela mesma podia sentir o medo emanando dela.

-Não tem porque ter medo Luana – era a voz de Marina que parecia vir de todos os lados – só queremos sua ajuda.

-Engraçadinha, eu mesma acho o interruptor.

Caminhou tateando para encontrar o interruptor e esbarrou na parede, achou finalmente e ligou. Sentiu a claridade em seus olhos e finalmente virou para ver onde estava sua colega.

Marina estava parada do lado oposto do porão deserto com as roupas encharcadas e parecia um pouco inchada.

-Onde você estava sua maluca? Porque está toda molhada?

Luana olhou em volta procurando qualquer coisa que explicasse, mas nem sequer rastro de por onde Marina tinha passado, ela encontrou.

-Marina... o que está acontecendo?

-Voce tem que manter a calma e me escutar. Nós só queremos ajuda.

Luana deu alguns passos em direção a porta e sentiu que esbarrou em algo molhado. Gelou. Olhou para trás e deu de cara com três garotas encharcadas dos pés a cabeça.

-AAAAAAAAAAAH!




O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 13

O tempo parecia não passar, ainda faltava meia hora, mas decidiu que iria buscar sua companheira de histórias sinistras. Caminhou devagar de volta a sua casa – não tão sua – pensando em tudo que acontecera até ali. Não tinha nenhuma explicação lógica pra tanta loucura ao mesmo tempo. Entrou na casa e subiu direto para o quarto de Marina.

-Já? Te falei pra vir em uma hora. Meus pais ainda não dormiram, provavelmente.

- Acontece que não tinha mais o que fazer lá, e eu precisava a sua companhia.

-Para que?

Luana contou a Marina o que ouvira e a garota se pôs logo de pé ansiosa para o que estava por vir.

-Vamos logo, o que estamos esperando?

-Seus pais dormirem ué...

-Devem já ter ido, vamos.

Desceram e Luana seguiu Marina até a cozinha, que pegou duas lanternas e saiu pela porta dos fundos.

- Temos que ir até o porão da casa.

Caminharam para a casa e dessa vez com muito mais cuidado, pois apesar de que não viam Luana, viam Marina. Foi muito fácil chegar até a varanda da casa.

-Espere Marina!

-O que foi?

-Aquelas rosas...

-O que tem?

- Elas eram vermelhas. MUITO vermelhas.

-Você deve ter visto errado.

-Ah! Jura? Tanta coisa estranha acontecendo e você acha que estou inventando isso? A rosa está preta!

- Entra, vamos! Deixa isso pra lá!


Cansei de você

Você quer saber mesmo? Eu cansei. Cansei de tudo. De você. De suas faltas, seus esquecimentos, suas imbecilidades e quem sabe suas infidelidades.Cansei de você querer me fazer de boba, de te esperar e não te ver chegando, de te ligar e não me anteder. De te demonstrar sentimento e não ter nada em troca. Cansei.

-Letícia Pontes

Na Floresta

Seus cabelos e olhos negros, sua pele muito branca e seus vestidos longos e sinistros, isso caracterizava ela, á diferenciava das outras meninas do bairro.Sua voz rouca e baixa assustava. Seu poder inexplicável sobre a mente humana, fazia teme-la. Ela não era má. As pessoas é que acreditavam nisso, e foi essa crença que a tornou o que é hoje.
Fugiu de casa aos 18 anos, nem os pais á aceitavam.Morou na rua tempo suficiente para aprender sobre o mundo. Um dia ela partiu para longe, uma floresta inabitada e sombria. Ela morou lá, ela morreu lá.Sozinha.Sombria.Maléfica. Matando quem aparece por lá,sua alma vaga pela floresta,assombrando todos que ali passam. Ela ainda espera por alguém que não vá ter medo, que simplesmente vai olha-la e perceber o quão benigna ja foi, e isso ira liberta-la.Mas até hoje nunca houve alguém de coração tão puro, de alma tão nobre, que a fizesse sorrir.

- Letícia Pontes

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015


Quem é que nao sabe que 'amor' rima com 'dor'?
Quem é que nao sabe que 'coraçao' rima com 'decepçao'?
Sentimento do bem,quanto mal ele tem.
Vivo sem voce, mas por voce eu vivo.
Quem é que nao sabe que 'eu' nao rima com 'voce'?
Entao porque tentar? Porque tentar rimar?

- Letícia Pontes

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015


Era loira, olhos azuis, pele rosada. Sua beleza era tamanha, que homens do mundo inteiro vinham para conhece-la, vinham para tentar conquista-la. O que não sabiam, era o segredo que ela guardava.
Stephanie como era conhecida,vestia-se somente de branco, e usava apenas joias brancas. Por isso era conhecida por muitos como Garota de branco. Morava em um castelo, construido pelos pais, mortos logo após. Teve uma irmã, que morreu também. Nada sabiam sobre aquela moça, era msiteriosa, e muitos homens haviam sumido após irem a sua casa. Mas era tão divina, tão magnífica, que ninguém suspeitava.

Sthepanie uma certa noite foi vista nas ruas da cidade, estranharam pois nunca haviam visto ela fora de seu castelo.Depois disso não houviu-se mais falar sobre ela.Havia desaparecido. Um certo policial, senhor Murphy e sua equipe, resolveu entrar na casa, para uma investigação. Encontraram um cadáver, enforcado, de uma dama, com um vestido branco.Não podia-se saber quem era, pois estava apenas o cadaver, o osso. Após uma pesquisa dataram aquele corpo, de um século. Impossível, era Sthepanie.Mas ela não poderia viver mais de Um século.Poderia?
Nunca descobriu-se o mistério da garota de branco. Nunca souberam se ela hvia sido real.ou apenas um fantasma
.

Garota de branco, de Letícia Pontes
Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.


Clarice Lispector
"... Essa vida é apenas um teste, um teste de sobrevivência que nos mata no final."

- Letícia Pontes

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 12

Luana não fazia ideia do que deveria fazer ou do que estava acontecendo exatamente, mas precisava fazer algo, pois ficar parada não ia ajudar em nada. Chegando de frente a casa, notou que para a casa de alguém importante, ela não tinha nenhuma segurança.

-Entrar aqui vai ser moleza.

Decidiu que andaria até o ponto que havia achado uma fogueira, e ali encontrou a mais bela plantação de rosas que já viu. Eram tão vermelhas que pareciam pintadas á mão. Viu dali a porta da casa e decidiu que precisava entrar se queria descobrir algo. Subiu para a varanda e olhou pelas janelas se havia alguém por perto. Ninguém. Forçou a maçaneta e ela estava destrancada por sorte, entrou para  a sala da casa divinamente mobiliada com móveis antigos.

- E agora?

Olhou para todos os lados e não sabia o que deveria fazer. Escutou então, vozes que vinham da cozinha:


- Mamãe, eu tenho certeza que ás vi. Estavam descendo para o porão. Eu juro mamãe!

-Bruno, chega dessas histórias ridículas, vá para o seu quarto, escove os dentes e deite para dormir. E Fernanda, se você insistir em contar essas histórias de terror para o seu irmão, vai ficar de castigo por um mês!

-Mas mamãe, tinha mesmo quatro meninas e elas estavam como nas histórias, e descendo para o porão!

-Subam agora! Se elas subiram ou não para o porão, o problema é delas. Deixem-nas brincando sozinhas por lá.


Luana deu espaço para as crianças que subiram correndo as escadas.

-Devo ir até o porão?

Subiu alguns degraus  e se sentiu temerosa. Achou que deveria buscar Marina...

-Mas nem se passo uma hora ainda.

Olhou para o relógio e apenas quinze minutos haviam se passado. Sentou na escada e decidiu pensar um pouco enquanto esperava o tempo passar.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 11

-Talvez eu seja a garota que elas estão procurando ué!

-Ora Luana... Hora você acredita, hora não... Assim fica difícil.

-O que quer que eu pense? É difícil de acreditar em tudo isso, mas também nao tem outra explicação.

-Temos que fazer algo. Voce não pode ficar aqui.

-E por onde começamos? Eu não tenho ideia do que temos que fazer.

-Dã! A casa né?! Temos que ir para lá. Deve ter alguma resposta nela.

- E se não tiver?

-Ai nós pensamos em algo.

-Entao vamos.

Luana levantou e foi até a porta do quarto, abriu-a e sentiu que Marina havia empurrado ela de volta para que fechasse.

-Não podemos ir agora, a minha mãe não vai me deixar sair essa hora, e outra, como vamos entrar na casa do prefeito?

-Daremos um jeito. Que horas os seus ais dormem?

-Dez,dez e meia...

-Acho que vou indo na frente, já que ninguém me vê mesmo...

-Mas então volte quando der onze horas, para que eu vá com você.

-Porque você simplesmente não em encontra lá?

-Eu...Tenho medo de ir só.

-Ai meu Deus... Está bem, venho te buscar em uma hora.

Desceu as escadas e saiu pela porta da sala para aquela noite gelada e escura em direção á futura casa abandona.

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 10

- Espera aí... eu não entendi direito...

-Vou explicar com bastante calma, porque pelo jeito, sei mais do que essa história que sua mãe te contou. Foi a muito tempo atrás, e ninguém sabe realmente quando, mas essas quatro amigas, não eram bem amigas... elas tinham se conhecido a pouco tempo, e os pais de apenas duas delas que apareceram para procurar as filhas, as outras duas nunca foram procuradas pelos pais, nem nunca ninguém soube quem eram seus pais. Segundo os pais delas, após conhecerem essas duas estranhas, elas passaram a ficar sempre enfurnadas em seus quartos, e sempre que saiam, era com essas duas novas conhecidas. Os pais não confiavam nas garotas, e as achavam muito esquisitas.

- Mas esquisitas em que sentido?

-Parece que eram góticas, mas os pais as classificavam como demoníacas. Acho que por causa das roupas escuras.

-Quanto preconceito.

-Pois é, mas eu não acabei. Depois que as meninas desapareceram, ninguém na cidade que conhecia a história queria comprar a casa, então sempre vinham pessoas que desconheciam dos fatos, e compravam, mas sempre reclamavam de quatro jovens que em toda lua cheia aparecia e faziam fogueiras perto da casa. Sempre que os donos da casa acordavam, tinha uma fogueira recém-apagada e as vezes encontravam velas também.

-Não achei vela nenhum lá, então essa sua história é muito fajuta.

-Eu ao disse que era sempre que encontravam as velas, e sim, às vezes.

-Ta, mas ninguém sabe o que houve com elas?

- Ninguém! Mas dizem que elas estão sempre a procura e alguém que nunca acham.

- E quem diz isso?

-Começou com uma mulher que se dizia bruxa, ela conhecia a minha avó, e fazia questão de sempre falar dessas garotas.

-Quanta besteira. Não acredito em nada disso.

-Não? Entao me diz como você veio parar doze anos no passado.

-Segundo você... elas me penderam aqui. Só gostaria de saber o porque e como.

-Eu não faço ideia.




O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 9

-Luana... Voce acredita em fantasmas?

-É claro que não!

Estavam agora sentadas na cama, de frente uma para a outra. Sem entender absolutamente nada que estava acontecendo por alí.

-Acredita em algo sobrenatural?

-Nada de sobrenatural Marina! Porque pergunta?

-É que assim... Assisto muito filmes então vou te fazer uma pergunta, e com isso, pode ser que descubramos um pouco do que está acontecendo.

-Fala logo...

-Que dia é hoje?

- 14 de janeiro de 2013

- O que? Sério? Você está brincando comigo!

-Porque criatura?

-Luana... nós estamos em 1996

-Muito engraçadinha.

Marina levantou de sua cama e foi até o calendário colado na parede do seu quarto, apontou para a data “1996” e perguntou:

-Acha que eu tenho um calendário com essa data por quê?

-...

-Não vai falar nada?

-Aquela casa ali, tem alguma história sinistra sobre ela?

-Ahn...tem... a lenda das quatro. Já ouviu falar?

-Já sim... Minha mãe me contou ela ontem.

-Entao...ela no futuro, é abandonada?

-Sim,ela é muito velha e podre, totalmente abandonada. Mas ontem a noite alguém acendeu uma fogueira por lá, teve algum movimento por ali ontem.

-Fogueira? Então...é verdade...

-O que é verdade?

-Elas quem te prenderam aqui.




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 8

-Esse quarto era para ser o escritório da minha mãe.

-Temos coisas mais importantes para conversar!

-Ok! Comece!

-Meu nome é Marina, tenho 17 anos e moro aqui desde que eu nasci, então é impossível que você more aqui também e eu nunca tenha te visto.

-Também é impossível fica noite de repente e só você nessa casa conseguir me ver.

-Hoje eu acordei, fui para a cidade vender as frutas que minha mãe planta. Voltei na hora do almoço, ajudei a cozinhar, comi com minha família e ajudei a limpar toda a cozinha... Deixa-me ver o que mais... Ah! Recebi uma amiga minha aqui hoje... Acho que só. Estava indo para o meu quarto, e te vi correndo para o sótão, depois gritando e descendo. O resto você já sabe.

-Sim... Muito estranho. Bom, eu acordei, fui até a praia, conversei com minha mãe sobre... Um problema pessoal. Ela saiu, foi fazer compras e eu estava voltando para casa quando decidi ir até a casa de praia abandonada, porque vi fumaça vindo dela, e era apenas alguma fogueira que tinha sido apagada então achei que tivesse alguém na casa, e chamei. Mas não havia ninguém. Eu então estava saindo de dentro dela, mas não consegui abrir a porta, parecia que algo estava emperrando ela. Quando finalmente saí, corri para cá, a minha casa, antes que a minha mãe chegasse, e quando subi, encontrei o porão revirado, o q era meu quarto... Já sabe o resto.

-Que casa de praia abandonada?

- Ué, a que tem logo ali.

Luana foi até a janela e apontou para uma casa, que tinha luzes acesas e era muito branca e bonita, cheia de flores e que parecia muito aconchegante.

-Não... Está abandonada?

-Nunca esteve, é a casa mais movimentada que existe por aqui. É onde mora o prefeito.


O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 7

Estava de noite. Como podia? Havia acordado há umas duas horas e era cedo da manhã. Era impossível que agora já fosse noite. Achou que o melhor seria voltar para a casa, e entrando na sala, notou que tudo aí também era diferente. Sofás, nenhuma caixa, poltrona, lareira, um poodle deitado no chão que começou a latir quando viu Luana, e gêmeas idênticas e loiras de uns oito anos, sentadas jogando algum jogo de cartas.

-Mas que merda que está acontecendo aqui? – Luana fechou os olhos com força, achando que tudo não passava de um sonho, se beliscou e gritou quando sentiu uma dor real, e chorou quando abriu os olhos e viu que continuava ali. – Que droga! O que está acontecendo?

-E me perguntou o mesmo!

Luana virou e viu a tal Marina em pé na escada encarando-a.

-Como entrou aqui, e porque eles não te veem? Estão fazendo algum tipo de brincadeira? Ou é um novo método para roubar casas?

-Olha, eu também não faço ideia do que está acontecendo. Em um segundo eu estava aqui na minha casa, e do anda todos vocês apareceram e os moveis mudaram, e ficou de noite...

-Do que você está falando? Você está maluca!

-EU? Olha, tem alguma coisa muito errada aqui. Não percebeu ainda?

Luana foi para frente das duas crianças sentadas no sofá e gritou com elas.

-Espera...Minhas irmãs...realmente não te veem?

-Assim como os seus pais, que pensaram que você estava louca.

-Qual o seu nome?

-Luana. E você é Marina, certo?

-Sim. Acho melhor irmos para o meu quarto. As minhas irmãs devem estar achando estranho eu falar com o vento.


domingo, 8 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 6

Correu de volta para casa antes que a mãe voltasse e fizesse o escândalo que ela já imaginava que faria. Abriu a porta e subiu as escadas correndo. Somente quando abriu a porta de seu quarto, notou algo muito estranho: Seu quarto inteiro estava diferente. No lugar dos pôsteres e dos penduricalhos, da cama enorme e bagunçada e das muitas caixas que ainda não havia desempacotado, estavam apenas tralhas e sujeiras, como um porão comum.

-MAE, EU NO ACREDITO QUE FEZ ISSO! – Luana começou a gritar enquanto descia para o corredor novamente, esquecendo que a mãe não estava em casa – EU TE FALEI QUE QUERIA O PORÃO COMO O MEU QUARTO. VOCE BAGUNÇOU TUDO!

-MAE! PAI! ACHO MELHOR VOCES VIREM AQUI!

Luana olhou pra frente e viu uma garota ruiva de olhos muito verdes com um taco de beisebol nas mãos, olhando com medo para Luana.

-O que está fazendo na minha casa? – Luana deu alguns passos para trás.

-Mae, corre!

- O que está fazendo ruiva? Saia já da minha casa! – Luana estava prestes a chorar de medo. Estava sozinha.

Viu os pais da garota subirem correndo as escadas e  pararem ao lado da filha olhando atentamente para ela e para onde Luana estava.

-O que foi minha filha?

-Como assim o que foi? Ela é uma ladra, com certeza!

-Quem é uma ladra Marina?

-COMO QUEM MAE? A LOIRA AQUI NA NOSSA FRENTE, VESTIDA DE PIJAMA!

-Filha... Acho que você precisa descansar um pouco...Não tem ninguém aqui.

Luana e a tal Marina se olhavam sem entender o que estava acontecendo. Luana reparou que havia fotografias espalhadas no corredor, daquela família. E de onde estava podia ver dentro do quarto de sua mãe, que estava com móveis e coisas que não eram da sua mãe. Achou que a única coisa sensata a fazer era correr. E passando pela família, onde parecia que só Marina podia vê-la, desceu as escadas e abriu a porta para sair daquela maldita casa.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 5

A casa era muito bonita apesar de velha e mal tratada. Luana deu a volta nela, para seguir de onde vinha a fumaça. E encontrou o que parecia ter sido uma fogueira na noite anterior. Mas quem havia estado ali? Será que sua mãe a enganara? Ou inventara tudo sobre a casa? Mas porque faria isso? Luana foi até perto á antiga fogueira, e ainda pode sentir o calor vindo dela.
-Estranho...
Foi até a porta da casa, e bateu.
-Olá! Tem alguém aqui?

Mas pelo vidro da janela pode ver q a casa estava mais abandonada do que nunca. Não havia sequer um lugarzinho sem poeira. Entrou por curiosidade, e percebeu que havia se enganado. Havia marcas de pegadas pela casa, pegadas de varias pessoas descalças e com os pés molhados.

-Acho que alguns espertinhos estão querendo usar a casa pra passar a noite. Talvez até mendigos.

Decidiu sair logo de lá antes que alguém, quem quer que fosse, voltasse. Mas para sua surpresa, a porta não quis abrir tão facilmente como quando entrou.

-Ah! Que beleza. Espero que a porcaria da porta dos fundos não seja tão idiota quanto essa.

Mas ela era. A porta não abria de jeito nenhum, como se algo a prendesse do outro lado. Foi então até a maior janela que viu na sala, e arremessou nela um banco velho q achou ali. E só assim pode sair daquela casa que fedia a mofo e a peixe podre.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 4

 Luana acordou com um pássaro piando alto em sua janela, levantou-se e pode ver o dia lindo que amanhecera. Nem parecia que havia chovido tanto na noite anterior. Luana desceu as escadas ainda de pijama, e saiu da casa em direção ao mar. Molhou os pés e sentiu o vento gelado da manhã daquele dia.

- Por quanto tempo terei que fugir do meu próprio pai?

Sentou na areia e ficou admirando aquele mar, e sentindo aquela brisa, enquanto escorria de seus olhos, salgadas lágrima que pareciam pesar uma tonelada.

-Filha, assim vai sujar todo o seu pijama... Está chorando meu amor?

-Porque meu pai está assim?

-Minha filha, - Molly sentou-se ao lado da filha – o seu pai precisa de tratamento. Ele não está bem desde  que começou a achar que você estava em perigo constante.

-Mas porque ele pensa isso mãe? Ele me aprisionou em um buraco, por medo ,dizendo que alguém estava vindo atrás de mim. Porque ele inventaria isso?

-Filha... Foram sonhos que seu pai teve já te expliquei isso. E ele confiou cegamente nesses sonhos sem pé nem cabeça.

-Onde será que ele está agora?

-Provavelmente te procurando pelo país. Luana, - Molly se levantou – preciso ir ás compras, fique em casa, não de muita bandeira e tome cuidado!

-Tudo bem!

Luana levantou e observou a mãe seguir em direção á casa, ouviu o barulho do carro saindo, e então voltou a sentar no na praia e embaralhar novamente seus pensamentos. Depois de alguns minutos ali, Luana decidiu que iria voltar para casa, porém, algo lhe chamou a atenção. A casa abandonada ali perto, da qual havia escutado a história noite passada, estava fumaçando. Pouco, mas estava.Luana olhou em volta, não havia absolutamente ninguém ali. Então caminhou em direção á misteriosa casa.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 3


A mãe de Luana levantou-se da cama e caminhou para a porta do quarto.

-Boa noite filha.
-É isso? Essa é a história?
-Como?
-E o final? Acaba ai?
-Sim, não souberam mais nada desde então. Filha, é uma história antiga, ninguém sabe se é verdade.

-Ela era sua amiga?

-Não Luana, foi minha avó quem me contou isso. Ela era da época da dela. É uma história muito estranha
-O que tem de estranho nisso? Jovens desaparecem o tempo todo.
-Me prometa... -a mãe interrompeu- que nunca vai naquela casa.
A garota hesitou, não podia prometer, sabia que não iria cumprir.
-Eu prometo.