sexta-feira, 29 de abril de 2016

AVISO

 Não, a imagem não tem nada   ver coma  postagem. Só gostei dela.

Enfim, talvez você que acompanha o conto, me odeie ao ler isso mas, irá entrar em uma espécie de hiato. Sim. Terá uma pausa no capítulo 30 e só voltará daqui a uns dois meses, não sei ao certo.

Motivo? Porque será uma longa história. Se eu ficar só nela, vai ficar cansativo. Então pensem como se fosse uma série com algumas temporadas.

XOXO

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 24: Hospedagem

 

Nos mantivemos em silêncio alguns minutos. Eu já havia parado de chorar e agora estava esperando pela bronca que levaria. Estava um silencio absoluto quando de repente ele me afastou e me segurou pelos ombros.

-Posso saber qual é o seu problema? Com pode sair assim o meio da noite sem dizer aonde ia, sem proteção,sozinha, sem destino.Por que fez isso. Sabe como foi perigoso e arriscado? Poderia estar morta nesse momento,você tem noção disso? Você não pensa nos outros, é egoísta. Quase me matou de preocupação. Não sei como ninguém do conselho,caçadores ou bruxas não te acharam antes. 

Ele tomou fôlego e me soltou. Vi que a pessoa que dirigia o carro nos olhou rapidamente pelo retrovisor. Olhei para Fester e ele estava de cara feia olhando para a rua e para a chuva que despencava feito louca.

-Eu não sou egoísta. Só não queria causar mais problemas a vocês.

-E quando sentisse fome? O que faria? Pretendia sair matando gente por aí?

Ele deve ter percebido que eu estava me sentindo totalmente culpada porque me puxou bruscamente e voltou a me deitar em seu ombro.

Seguimos em silêncio.

Eu não fazia a menor ideia de para onde estávamos indo, apenas queria estar de volta ao grupo. Queria ver Damian e pedir perdão a Katrinna. Eu não reparei aonde estávamos indo, só abri meus olhos quando o carro foi desligado.

- Aonde estamos?
-Em um lugar seguro.

Desci do carro e segui ele na chuva por um beco mal iluminado. Viramos a esquina e seguimos andando, eu quase correndo para poder acompanha-lo. Viramos novamente a esquina e demos de cara com um casarão escuro e velho. Muito bonito por sinal. Estava me sentindo em um filme de terror. Aquela casa velha,antiga e enorme, aquela chuva sinistra, só faltava trovoes e raios.

- Entraremos e você vai fiar calada, não falará um A! Esta me ouvindo?

Virei os olhos e passei na frente dele adentrando no quintal de grama morta. Parei em frente  a grande porta de madeira e esperei por Fester. Antes que ele chegasse, a porta se abriu e fui recebida por Damian com um abraço apertado.

- Sua maluca! Eu achei que eles haviam te pegado.

Abracei ele de volta.

-Desculpa! Eu não sei onde estava com a cabeça.

-Entre. - Ele me falou 

A casa era incrivelmente linda e antiga. Não tinha nada chique ou caro, nada tão limpo e iluminado, mas mesmo assim lindo. Era uma casa toda iluminada  a luz de velas e a luz da lua e estrelas que entravam pela janela escancarada.

-Antes de tudo, você precisa entender que agora estamos sem nosso clã, eles se espalharam e ficamos em poucos. Agora estamos aos cuidados de uma conhecida, porém ela não é da nossa espécie e por isso não tem  menor obrigação e nos cuidar. Está apenas prestando um favor. Por favor não estrague tudo.

-Fester - falei irritada - você me ofende falando assim.

-Eu não estou nem aí, só não nos faça ser mortos. Vá tomar um banho e trocar-se pois ela já deve estar chegando e precisamos partir.

Fester me empurrou para a escada e eu comecei a subir devagar procurando Damian com os olhos e fazendo sinal para que ele subisse comigo. Ele correu ao meu encontro e vi Fester olhando com reprovação.

- Porque temos que partir? Ele não disse que estaríamos aos cuidados dela? 
-Ela é uma Sith, não podemos ficar.
-Uma o que??

Ele me olhou com uma cara de "como assim você não sabe?" e sorriu em seguida.

- Uma Baobhan Sith, é uma espécie de Nosferatu. Só que só existe no sexo feminino.

-Eu nunca ouvi falar.

-Tá, vou te explicar. - ele abriu a porta de um quarto e me apontou um guarda-roupas - Talvez você nunca tenha ouvido falar porque ela é escocesa, está aqui por vontade própria mas todas vivem na Escócia ou ao redor dela. É uma raça bem diferente de nós. Elas só se levantam do túmulo uma vez ao ano para se alimentar. Ela acordou hoje mais cedo e estávamos a espera dela para pedir uma hospedagem rápida. Ela sempre foi simpática então aceitou mas com a condição de irmos embora ainda hoje.

-Nossa...bela hospedagem.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Sobrevivendo



Faltavam dois dias para a minha partida. E iria para o outro lado do planeta e meus amigos queriam me fazer sentir como se aquele fosse só mais um dia normal. Faziam cinco dias que estávamos ali na praia e por mais que fossem meus amigos a tanto tempo, eu sabia que tudo mudaria no dia seguinte.
Sabia que bastava alguns meses ou no máximo uns dois anos até que todos tivessem se tornado apena conhecidos  que um dia dividiram suas vidas e momentos comigo.

Ir para o outro lado do mundo não é fácil. Ser médica num país tão necessitado de médico, muito menos. Eu não teria tempo para mas nada.Eu talvez conhecesse alguém por lá e me casasse. Talvez vivesse de casos amorosos que nunca dariam certo. Talvez até sofresse com algum paciente que não consegui salvar. Ou com as crianças daquele lugar que passam tanta fome e desespero. Talvez eu fosse mandada para um país em guerra. Talvez nem sobrevivesse tanto anos. 

Talvez nem sobrevivesse aquela viagem.

Mas sobrevivi. E até hoje estou aqui...Sobrevivendo.

-Letícia Pontes

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 23: Chuva

 

 Estava uma manhã sem sol. Eu tinha que achar um lugar para dormir mas havia perdido todo o sono. Comecei a caminhar pela cidade. Havia muita gente chegando a praia e muitos carros na rua. Avistei um supermercado e decidi ir para . Fui lá atrás. Eles sempre deixavam caixas de papelão e eu poderia usar para forrar o chão.

Sete horas da noite.

Acordei com algo molhado tocando meu rosto. Era um cachorro me cheirando. O céu estava cheio de nuvens cinzas , carregadas de água que logo iriam despencar. Levantei daquele lugar nojento e caminhei até a praia. O que eu faria agora? Não tinha nem lugar para ir. E quando eu sentisse fome? Acho que não foi uma boa ideia sair de lá. Minha vida estava complicada demais para uma garota que estava apenas iniciando a vida adulta.

Comecei a chorar sem conter os gemidos altos de desespero e como um reflexo de meu interior, o céu derramou suas lágrimas também. A chuva estava fina e fria,o vento levava meus cabelos para todos os lados. As pessoas começaram a correr de um lado para o outro. Vendedores empurravam seus carrinhos as pressas e mães corriam com crianças no colo. A chuva estava ficando forte muito rápido e eu só queria ficar parada ali em meio aquele caos.

- Está começando querida. Vonão sente?

Olhei para o lado e havia uma mulher de seus trinta anos me observando admirada. Ela tocou meu rosto com sua mão gelada e eu recuei.

-Você precisa correr. Tudo vai piorar a partir de agora.

Recuei alguns passos e então alguém correndo esbarrou em mim, olhei para o lado por dois segundos e quando voltei meu olhar a moça, ela havia desaparecido. Assustada eu comecei a correr de volta a cidade mas parecia que o barulho ali tava alto demais para meus ouvidos e o cheiro de ferro estava forte demais. Droga! Eu estava com fome.

Tampei meus ouvidos e corri sem saber em que direção estava indo. conseguia ouvir risadas e gritos que pareciam longe demais para serem ouvidos. Sentia uma falta de ar de tanto desespero que me bateu. E então esbarrei em alguém. Fester.  O que ele fazia ali? Ele me segurou pelo braço e me arrastou para dentro de um carro preto ,muito bonito. Me jogou no banco e me cobriu com uma grande toalha felpuda enquanto me esquentava em seu abraço. 
 Meu choro ficou mais intenso.

Nyah Fanfiction





Não sei se vocês já ouviram falar na página "Nyah Fanfction" , mas é um  site apenas para criar histórias, criar fanfictions e claro, ler  uns as dos outros.

  A foto acima é da página inicial da minha conta.

Bom, para quem cria histórias e para quem só quer ler, é um site perfeito! O primeiro conto do blog  ( O mistério das quatro)  está lá, e o segundo ( O diário de Isabela ) está sendo postado.

Quem quiser criar uma conta ou apenas ir lá dar uma olhada, basta clicar aqui . <#

 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 22: O polical

 


Era a Katrina. De fã, ela com certeza passou a ser uma odiadora minha. Fiquei largada no chão vendo ela sentada do outro lado chorando e as pessoas me encarando e se dispersando aos poucos.
 Fiquei alguns minutos sentada ali sentindo meu corpo doer e vendo Katrina chorar cercada por outros jovens. Me levantei e senti as perna bambas,  coração disparado e o gosto de sangue na boca. Passei por ela e caminhei até a vila.

A cena era a pior possível. Além de TODAS as casas terem sido incendiadas, também haviam corpos queimados no chão, até mesmo de crianças. Era difícil respirar com toda aquela fumaça. Os moradores estavam apagando o fogo e juntando os poucos pertences que lhes restara. A casa de Damian estava totalmente destruída, não sobrara nada.
 
Só me restava uma coisa a fazer

Nem sequer olhei para trás. Caminhei em direção a saída daquele ferro velho e comecei a correr em direção a pista. Não podia ir para casa e nem poderia ficar com essas pessoas. Eles viriam atrás de mim, e não posso prejudicar mais ninguém. Comecei a correr na direção contrária a cidade, na direção contrária a minha casa.
Corri durante quase uma hora e finalmente parei em um posto, estava muito cansada, mas não tanto quanto estaria em condições normais. E por normais quero dizer humanas.

A chuva começaria a cair a qualquer momento então voltei a correr.

Onze horas da noite.

 Eu estava cansada demais e não sabia o que faria a partir daquele momento. Havia acabado de passar pela placa de "Bem-vindos a cidade dos anjos". Ia sempre ali passar os feriados com meus pais. A cidade estava bem iluminada com todos os prédios e lojas. Fui até uma loja ali perto e furtivamente peguei roupas intimas. Continuei andando pela loja e pedi uma roupa que eu sabia que não teria ali. Fui embora fingindo estar descontente por não achar o que procurava. Fui até a praia e entrei em um restaurante fechado. Fácil. Entrei no banheiro e tomei um banho demorado.

Já passava da meia noite e eu só queria encontrar um local abandonado para passar o dia. Caminhei pela praia e tentei lembrar de momentos felizes com meus pais ali...

 
Aquele banco definitivamente seria o lugar mais desconfortável que dormira em toda a minha vida. O cheiro de urina daquele lugar infestavam as minhas narinas e eu não podia fazer nada. Não sei quanto tempo passou, mas o sono chegou rápido. Lembro que a ultima coisa que vi foi as estrelas brilhando.

Senti algo duro me batendo na cabeça repetidas vezes e abri meus olhos semicerrando-os por causa da claridade. Havia um policial batendo em minha cabeça com o casseteteme mandando levantar. Me sentei rapidamente sem entender muita coisa.

-Que? - Perguntei meio acordada e meio dormindo.
-Não pode ficar aqui. Encontre outro buraco para dormir. 

Me levantei e vi o movimento de pessoas e o cheiro da comida - estranhamente enjoativo - forte no ar. Era cedo, com certeza, as pessoas estavam chegando a praia e as lojas estavam abertas na maioria.

-Com licença  - chamei quando o policial foi se retirando -quais as horas por favor

-São sete da manhã e você não deveria estar nessa praça. Pelo menos não para dormir.


Me levantei e caminhei até a esquina.
O que eu faria agora?

 

segunda-feira, 25 de abril de 2016


Tua companhia me  faz esquecer qualquer problema.
Se o mundo estiver desabando, estarei inteira pois estou contigo.
Se você quiser, estarei pr muito tempo. Quanto tempo quiser.
Se eu puder, te farei feliz. 

- Letícia Pontes


 

Ela só quer paz, quer fugir da realidade e viver no mundo dela, sem se importar com nada.
Ela só que o sossego de quem não tem uma vida inteira pra se preocupar, sem as contas pra pagar e emprego pra manter.
Ela só não que parar de viver na calmaria, e nem ter que sair da casa dos pais, não casar e nem ter  filhos pra se preocupar.
Quer viver viajando e tendo casos temporários.
Quer poder beijar os pais e levar eles a Disney, quer poder viver em paz e curtir o que a vida tem de melhor.

- Letícia Pontes
 

domingo, 24 de abril de 2016


Preciso ir embora, preciso procurar o meu caminho no meio desse mundo, no meio dessa multidão.
Você vai ficar bem, eu prometo. Vou sentir a sua falta mas eu realmente preciso ir.
Nós já não somos os mesmos. Nós já não nos pertencemos mais. 
Apenas nos acostumamos um ao outro, e isso não está certo.
Apenas precisávamos de alguém ao nosso lado. 
Pare. Analise.
Você não precisa de mim. E sinceramente,não preciso de você.
Preciso e mim, e já não me tenho a muito tempo.
Preciso ir embora. 
Prometo que achará o seu caminho também.

- Letícia Pontes

Nancy Ahlert - Entre o bem e o mal ~~ Capítulo 21: Fazendo inimigos


Fiquei um tempo perambulando por aquele recinto mágico, esperando que a Katrina aparecesse. As pessoas estavam começando a acordar e eu não estava Me sentindo muito confortável com elas me encarando. Caminhei até o cemitério para dar um tempo distante de todos e fui até o túmulo da Yo-Yo. E gostava dalí. Além de ser o túmulo dela , também era quase dentro da floresta e era bem confortável e silencioso. Eu só não contava com a presença de outros. Burrice de minha parte, porque que não pensei que poderia encontrar vamp... Nosferatus no cemitério ou na floresta?

-Ora, Ora , se não é a mutante alienígena.

Havia um grupo adolescente de meninos e meninas vindo em minha direção, descendo de árvores e saindo da floresta.

-Porque ainda está aqui? Sabe que não pertence a esse grupo.  E nem ao dos humanos.
-Se eu fosse ela, me matava.

Eles riram e se aproximaram mais. Contei ao menos dez deles.  Eu nunca sofri com crianças ou adolescentes querendo me intimidar ou arrumar briga, e com vinte anos nas costas isso vem em acontecer? Fora que eles são bem maiores e mais fortes do que eu, bem mais antigos nessa cosia de ser ...vampiro.

-Você matou uma das nossas, uma dos humanos e agora o conselho e os caçadores estão atrás de nós.

-Além de que fez mais dois dos nossos se arriscar e provavelmente não voltarem mais, só para se desfazer do seu veiculo idiota que você burra trouxe para . 

Nossa , quantas ofensas. Eles estavam bem próximos e alguns setaram no túmulo comigo. Alguém começou a jogar pedrinhas em mim e eu me levantei para me retirar do local. Erro meu. O cara que parecia ser o líder da turma em empurrou no chão novamente.

-Qual é o seu problema? -Gritei indignada
-Você! - E todos caíram na risada 

Me levantei pela segunda vez e dei um passo em direção a ele, que me jogou novamente no chão e dessa vez eu cai de mal jeito e torci a perna. Dei um gemido de dor e eles riram ai ainda. Foram chegando perto e eu queria ter forças de me levantar e poder bater em todos eles, mas eu não estava em um filme de artes marciais então apenas fiquei ali caída esperando o que iria acontecer. 

Eu tenho certeza que teriam me dado uma surra por puro prazer, mas uma gritaria vinda da vila nos assustou e fez todos correrem para ver o que estava acontecendo. Me levantei e tive que apoiar todo meu peso no pé direito pois o esquerdo estava doendo demais. Pensei em ir até lá e comecei a mancar em direção a vila, mas uma coisa que aconteceu em seguida me fez mudar de ideia.

Estava mancando em direção ao barulho e gritos quando algo pesado caiu na minha frente. Era o corpo do líder valentão que me ameaçara segundos atrás. Ele estava...morto? Parecia que sim. Fiquei paralisada olhando para o corpo e sem saber o que fazer, quando vi que as casas estavam pegando fogo e decidi me embrenhar na floresta.Não fazia ideia do que deveria fazer, e apena subi o máximo que pude em uma árvore no meio da floresta. 

Não sei quanto tempo fiquei lá em cima, mas sei que foi bastante. Não deveria ser dez da noite ainda, mas estava tudo muito silencioso. O cheiro de fumaça e ferro estava solto no ar e me incomodava bastante. Onde estaria Fester e Damian agora?

Não sabia como desceria da árvore agora com aquele pé dolorido, mas se eu subi, tinha que consegui descer. Apoiei o pé bom num galho e tentei achar um jeito de conseguir sair sem me machucar mais ainda. Meu plano não deu certo. Ouvi um grito de raiva e vi alguém me puxar pela perna me fazendo cair de costa no chão. Gritei de dor e comecei a sentir socos na cara e pontapés na barriga.

- Ele morreu por sua culpa.

A garota me batia freneticamente.

- E você só ficou escondida aí enquanto todos estavam morrendo e sofrendo.

Ela me baia, gritava e chorava enquanto outros foram fazendo um círculo em nossa volta assistindo ao show. De repente ela me levantou pelos braços e me jogou a mais de dez metros de distancia. Sentia meu corpo todo doer e as lágrimas escorrerem. Esperei por mais socos , mas quando olhei para trás ela estava apenas sentada no chão chorando.