domingo, 22 de fevereiro de 2015

O MISTÉRIO DAS QUATRO - PARTE 10

- Espera aí... eu não entendi direito...

-Vou explicar com bastante calma, porque pelo jeito, sei mais do que essa história que sua mãe te contou. Foi a muito tempo atrás, e ninguém sabe realmente quando, mas essas quatro amigas, não eram bem amigas... elas tinham se conhecido a pouco tempo, e os pais de apenas duas delas que apareceram para procurar as filhas, as outras duas nunca foram procuradas pelos pais, nem nunca ninguém soube quem eram seus pais. Segundo os pais delas, após conhecerem essas duas estranhas, elas passaram a ficar sempre enfurnadas em seus quartos, e sempre que saiam, era com essas duas novas conhecidas. Os pais não confiavam nas garotas, e as achavam muito esquisitas.

- Mas esquisitas em que sentido?

-Parece que eram góticas, mas os pais as classificavam como demoníacas. Acho que por causa das roupas escuras.

-Quanto preconceito.

-Pois é, mas eu não acabei. Depois que as meninas desapareceram, ninguém na cidade que conhecia a história queria comprar a casa, então sempre vinham pessoas que desconheciam dos fatos, e compravam, mas sempre reclamavam de quatro jovens que em toda lua cheia aparecia e faziam fogueiras perto da casa. Sempre que os donos da casa acordavam, tinha uma fogueira recém-apagada e as vezes encontravam velas também.

-Não achei vela nenhum lá, então essa sua história é muito fajuta.

-Eu ao disse que era sempre que encontravam as velas, e sim, às vezes.

-Ta, mas ninguém sabe o que houve com elas?

- Ninguém! Mas dizem que elas estão sempre a procura e alguém que nunca acham.

- E quem diz isso?

-Começou com uma mulher que se dizia bruxa, ela conhecia a minha avó, e fazia questão de sempre falar dessas garotas.

-Quanta besteira. Não acredito em nada disso.

-Não? Entao me diz como você veio parar doze anos no passado.

-Segundo você... elas me penderam aqui. Só gostaria de saber o porque e como.

-Eu não faço ideia.




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