quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Cartinhas de amor



Essa não era a segunda nem a terceira vez que eu escrevia uma carta ao garoto mais lindo da escola. Talvez l não fosse visto como "lindo" por muita gente. Mas eu achava. Era apaixonada pelo "cicatriz" desde o ensino fundamental. Ele era chamado assim devido as várias cicatrizes que haviam em seu rosto e em seus braços. Cicatriz era o garoto mais entranho da escola e com certeza o que mais inventavam boatos. Como dizer que ele matou a mãe, ou que ele vendia drogas. Diziam que ele era um feiticeiro. Nada disso era verdade. Eu o observava sempre, eu estava sempre de olho nele, estava sempre vigiando e seguindo. Não, não sou louca. por ele. Fazia isso porque queria saber do que ele gostava, para ver se o fazia se interessar por mim. Ele era comum. tão comum que eu nunca descobri nada que ele pudesse gostar para que eu fizesse ou desse.
 
E nessa sexta-feira 13, pela primeira vez ele respondeu as minhas cartas. Depois do intervalo, na frente de todo mundo ele foi até a minha carteira que ficava de frente pra o quadro negro e me entregou uma folha de oficio branca dobradinha. Todo mundo ficou com um cochichado e fazendo barulhos de beijinhos , nem pareciam ter 16 anos de idade. Finalmente depois de tantos anos, ele havia me notado, me respondido

"Selena, pare de me escrever, eu não gosto de você.

P.s.: Pare de me seguir."
 




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