"Eu estava novamente cursando o terceiro ano do ensino médio, estava na hora do intervalo e eu sentada de lado na cadeira e com meus fones percebi alguém entrando na sala. Olhei para a porta e vi meu pai,faziam o que? 16 anos? Ele se aproximou me chamando de filhinha, e eu me levantei assustada sem acreditar que era ele. Nem sequer sei como o reconheci. Ele me olhava provavelmente esperando outra reação,um abraço ou ago assim.
-O que faz aqui?
-Vim te levar comigo.
Eu arregalei meus olhos. Não podia ser verdade. Vi minha mãe aparecer na porta da sala e me olhar em prantos.
-Não quero ir com você.
- Filha, sou seu pai, e tenho direito.
- Não tem não. Eu não quero ir.
- Você não tem escolha ,já falei com o advogado.
Olhei para a minha mãe desesperada e pensando , "faça alguma coisa". E ela me olhava como quem me respondia "não posso fazer nada". Em prantos comecei a me afastar. Queria poder fundir na parede gelada que senti atrás de mim...mas eu não podia fazer absolutamente nada."
Acordei chorando. E dando graças a Deus por não precisar ter que sair da casa da minha mãe!
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