domingo, 8 de março de 2015

O mistério das quatro - Parte 19

Luana estava para em frente a porta de número 602 pensando no que deveria falar, que cara fazer e como fingiria aquilo om perfeição.
Respirou fundo e bateu na porta. Precisou bater algumas vezes até finalmente um velho com cara de quem estava cansado abrir a porta emburrado.

-Que é?

-Senhor, pode me ajudar? – Luana falou com a voz de choro que já havia ensaiado – Alguém estava correndo atrás de mim, eu cai e me machuquei – Luana mostrou o sangue falso na testa. – Me deixe entrar, por favor, senhor!

-Não vejo ninguém aqui menina, vá pra sua casa.

Droga! - ia ter que improvisar.

-Mas senhor, eu estou perdida – Luana olhava em volta como se alguém pudesse aparecer a qualquer instante.

-Não é da minha conta! – e fechou a porta

Luana voltou a bater na porta se lembrando de um episódio que assistira de AHS.

– Por favor, abra, ele virá atrás de mim.

O velho abriu a porta e a puxou pelo braço para dentro da casa, fechando a porta logo em seguida.

- Vê se limpa isso e sai logo daqui. Tem band-aid em cima da geladeira.

E sentou em um sofá de frente uma televisão. O que ela faria agora? Precisava do cabelo dele para a poção. E precisava colocar o comprimido que recebera no copo do velho. Mas ele era tão ranzinza que ela não sabia como fazer isso.

-Meu nome é Luana. Qual o nome do senhor?

O velho olhou como quem reprovasse que a garota estivesse falando com ele.

-Julian.

-Legal! Nunca conheci ninguém com esse nome.

Colocou um band-aid na testa para que ele não visse que o sangramento não tinha origem.

-Bom, - falou enquanto caminhava para a geladeira – o mínimo que posso fazer em agradecimento é um belo suco para o senhor. Qual seu sabor favorito?

Nenhum comentário:

Postar um comentário