terça-feira, 14 de junho de 2016

Nancy Ahlert : Vivendo o medo ~ Capítulo 3: Cavalos

 

- Precisamos seguir nosso caminho Damian. - A voz de Akantha quebrou o silencio depois de um bom tempo - Encontramos duas motos, podemos usa-las.

Ele balançou afirmativamente com a cabeça e segurou minha mão. Akantha então tomou a frente e seguimos ela caminhando normalmente para onde quer que as motos estivessem. Não posso negar que Damiam era cuidadoso, era protetor e tentava nos manter seguros, mas...Fester me fazia falta nessas horas.Eu estava com medo, e com Fester eu nunca tinha medo. Onde quer que ele estivesse naquele momento, eu esperava que estivesse bem e que voltasse logo.

Chegamos em uma ruela escura e paramos em frente a um bar onde haviam varias motos gigantes estacionadas que pertenciam provavelmente a uns ogros que estavam lá dentro. Damian montou em uma e eu sentei atrás dele, Marco em outra e Akantha atrás dele. Os dois rapazes tiraram dos bolsos de suas jaquetas alguma ferramenta com a qual ligaram as motos e saímos em disparada na mesma direção que sempre seguíamos.


Dez horas da noite

Havíamos andando pouco ainda, mas naquela velocidade acho que chegaríamos em mais uma noite ao nosso destino.

Meus devaneios começaram novamente. Onde estava Fester? Eu estava começando a ficar preocupada. Se vieram atrás de nós, também foram atrás dele, e eu nem se quer sabia se ele estava acompanhado ou não.

Uma da manha

Estávamos tão longe que eu duvido que haveria algum cartaz com foto minha naquela cidade. Entramos em uma cidade que parecia muito com alguma cidade do faroeste antigo. Parecíamos estar em um filme de cowboys. Paramos em uma pousada e os rapazes foram levar as motos a algum lugar que eu não sei onde. Entrei com Akantha numa pousada muito velha e com cheiro de bosta de vaca. Pedimos dois quartos e subimos para o nosso. Depois de todas as nossas coisas em seu devido lugar, descemos e encontramos os rapazes subindo.

- Trocamos as motos por dois cavalos.
- Quem aceitou motos por cavalos? - Pergunte curiosa,ninguém ali parecia gostar de motos ou qualquer outro transporte que não fosse um animal. 
- Temos amigos aqui, eles não garantiram não nos dedurar,mas pelo menos trocaram nosso meio de transporte.
- Eu preferia as motos.
- Não é o que você prefere garotinha, - Marco falou de repente com um olhar penetrante - é o que precisamos para não acabar como Alessandro.   

Ele com certeza me culpava pela morte do amigo.Deveras, eu realmente era culpada, tudo começou por culpa minha.

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